Pesquisadores estimam que o número de crianças hospitalizadas com o novo coronavírus é maior do que os cientistas previam
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Não é novidade o fato de que os cuidados mais intensos relacionados à contaminação pelo novo coronavírus devem estar voltados aos pacientes que pertencem aos grupos de risco, o que inclui idosos e pessoas com alguma doença crônica, como diabetes, hipertensão e asma.
Porém, parece que essas precauções também terão que se estender às crianças, pois elas estão se contaminando com uma frequência maior do que previram os cientistas. Isso é o que indica um estudo publicado no Journal of Public Health Management & Practice, que mostra que talvez estejamos subestimando o impacto da covid-19 em crianças.
Os dados para a pesquisa foram fornecidos por duas instituições: Women’s Institute for Independent Social Enquiry, em Maryland, e Universidade do Sul da Flórida. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram o número de entrada de crianças em unidade de terapia intensiva (UTI) pediátrica nos últimos meses, além de estudos chineses acerca do assunto.
De acordo com os dados fornecidos, 74 crianças norte-americanas foram internadas entre 18 de março e 6 de abril diagnosticadas com covid-19. Com base nesses números, os pesquisadores estimam que 2.381 pequenos na comunidade podem ter sido infectados com o coronavírus por cada 1 que foi admitido em UTI.
Isso resultaria em um número assustador de 176.190 crianças contaminadas, o que já seria suficiente para causar uma paralisação no sistema de saúde norte-americano. Porém, a pesquisa ainda traça dois cenários intermediários para essa projeção:
Considerando que o sistema de saúde norte-americano consegue dispor de 5,1 mil leitos em UTI pediátrica, os dados são preocupantes e exigem um novo conjunto de medidas para evitar a contaminação em crianças.
Embora o estudo tenha sido realizado com dados da população estadunidense, é razoável pensar que um cenário parecido aconteça em outras partes do mundo, inclusive no Brasil. A doença pode apresentar uma evolução diferente por conta de aspectos como clima ou condição socioeconômica da comunidade, mas os pesquisadores alertam para a necessidade de intensificar os cuidados com os pequenos.
Não foram dadas recomendações específicas, portanto é bom seguir as boas práticas destinadas a todas as faixas etárias:
Fonte: JPHMP e Medical News Today.