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Após a pandemia de covid-19 já ter feito mais de 650 mil vítimas no Brasil, seus efeitos ainda são alvo de debate. Especialistas têm alertado das sequelas que a doença pode causar após a recuperação, inclusive os pacientes que foram assintomáticos podem estar sujeitos a elas.
A Washington University School of Medicine (Saint Louis) realizou um estudo com mais de 87 mil pacientes e com um grupo de controle de 5 milhões de indivíduos saudáveis. A pesquisa mostrou que quem se recuperou da covid-19 têm 59% a mais de chances de morrer nos próximos seis meses.
Especialistas confirmam que o número de pacientes com sequelas da doença podem chegar até 50%. As sequelas mais comuns são problemas cardíacos, como miocardites e infarto, doenças pulmonares e até problemas de saúde mental como ansiedade, depressão e impactos na cognição.
Atualmente, sabe-se que mesmo pessoas que foram assintomáticas ou apresentaram sintomas leves podem desenvolver a síndrome pós-covid que inclui: perda de força muscular, falta de ar, cefaleia, ansiedade e depressão, perda do olfato ou do paladar, alteração da memória e déficit de concentração.
Para quem não desenvolveu sintomas, ficar atento às sequelas pode ser mais complicado. Muitas vezes, os sintomas não são relacionados à covid-19, isso pode fazer com que a ajuda não seja procurada com pressa e às vezes a demora pode ser fatal.
Ao contrário, pacientes que tiveram quadros graves da infecção por coronavírus tendem a ter um acompanhamento médico maior e realizar mais exames que podem captar as sequelas.
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A importância do check-up
O ideal é fazer o check-up com um médico após ter-se recuperado do coronavírus. Indivíduos assintomáticos devem ficar atentos à situação de saúde de pessoas próximas, principalmente do mesmo núcleo familiar. Se você não sentiu nenhum sintoma mesmo morando com alguém que foi infectado, existe a possibilidade de você ter sido um paciente assintomático.
Nesses casos, é importante ficar atento a sintomas que podem denotar sequelas da covid-19. Fadiga por tempo prolongado, dores no peito ou palpitação, além de outros sintomas, como falta de memória e déficit de concentração, são um sinal para a procura de ajuda especializada. A consulta pode ser realizada por um clínico geral, que encaminhará para o profissional adequado e fará os exames necessários.
Sintomas incomuns
Como sabemos, o coronavírus ataca prioritariamente as vias respiratórias e o sistema cardiovascular, por isso as sequelas mais comuns estão relacionadas a esses órgãos. Porém, a covid-19 pode causar sintomas incomuns que parecem não ter relação com a doença, vejamos algumas sequelas que podem acontecer.
Dificuldades cognitivas
Um dos sintomas comuns e de difícil diagnóstico na síndrome pós-covid são transtornos cognitivos, como esquecimento, dificuldade de concentração e raciocínio mais lento.
Essas sequelas ocorrem porque a infecção por coronavírus pode levar a doenças neurológicas — lesões neuropáticas por compressão de nervos são um dos efeitos descobertos. Além disso, recuperações longas, com diminuição da eficácia do sistema respiratório, podem afetar os níveis de oxigenação no cérebro, contribuindo para esses sintomas.
Perda de força e cansaço
Sequelas neurológicas da covid-19 podem afetar os sistemas nervosos central e periférico, o que pode gerar fraqueza muscular e até paralisia. A fadiga crônica também aparece como um sintoma pós-covid, nesse caso as infecções afetam o sistema imunológico e a produção de anticorpos, causando alteração da frequência cardíaca, da pressão arterial e da força muscular.
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Fonte: Ministério da Saúde, Saúde Debate, Sociedade Brasileira de Cardiologia, Câmara Municipal de Fortaleza, gov.br, Canal Tech.