Qual é o exame mais confiável para detectar covid-19 e influenza?

18 de fevereiro de 2022 5 mins. de leitura
Confira os prós e contras de cada opção para garantir um resultado confiável

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Desde o início de 2020, as diferentes variantes de covid-19 colocaram o mundo de “cabeça para baixo”. Mais de 5,5 milhões de pessoas morreram em decorrência da doença, e o impacto disso só não foi maior graças aos imunizantes e aos exames de testagem viral.

Porém, enquanto as vacinas se tornaram um assunto de senso comum, os métodos de diagnóstico ainda despertam dúvidas. Logo, seja em relação à covid-19, seja em relação à H3N2 (variação da influenza), o importante é se informar. Confira aqui quais são os exames mais indicados para cada uma dessas doenças.

Qual é o melhor teste para detectar covid-19?

Os exames PCR são os mais comuns e com maior eficácia no diagnóstico da covid-19. (Fonte: Zstock/Shutterstock/Reprodução)
Os exames PCR são os mais comuns e com maior eficácia no diagnóstico da covid-19. (Fonte: Zstock/Shutterstock/Reprodução)

Quem está com suspeita de ter contraído covid-19 tem três opções no mercado e que trabalham com critérios diferentes. Por isso, eles têm prós e contras. Vale a pena conhecer um pouco mais de cada um e ver qual é o ideal para o seu caso.

1. RT-PCR

O RT-PCR é o exame mais comum e também o mais eficaz. Ele detecta o material genético do vírus em amostras respiratórias e, em razão da confiabilidade, é considerado o padrão ouro entre os métodos.

Outra vantagem do RT-PCR é o fato de ele detectar se você está com a doença no momento do teste. Por isso, costuma ser usado por pessoas sintomáticas que procuram o serviço médico com o quadro característico de covid-19. É o mais indicado pelos médicos.

Algo a ser pesado, no entanto, é o fato de ele ter um resultado um pouco mais demorado, sobretudo nos momentos de alta procura pelo exame.

2. RT-LAMP

O RT-LAMP opera de modo semelhante ao RT-PCR: detecta o DNA do microrganismo por meio de secreção das vias aéreas superiores. Ele tem uma taxa de eficácia ligeiramente menor, mas continua sendo um instrumento confiável para o diagnóstico.

Além disso, os laudos costumam sair um pouco mais rápidos dos que os do RT-PCR. Esse fator pode tornar esse exame mais indicado em alguns casos.

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3. Antígeno

O método por antígeno é o mais rápido. O resultado do teste sai na hora, o que torna ele extremamente útil para uma primeira avaliação. No entanto, os resultados não são tão precisos e, por isso, o uso desse instrumento precisa ser avaliado com prudência.

Qual é o melhor teste para diagnosticar o vírus influenza?

A escolha do exame para o vírus influenza é mais simples porque não há necessidade clínica de diferenciar o H3N2 da influenza comum. (Fonte: Cryptographer/Shutterstock/Reprodução)
A escolha do exame para o vírus influenza é mais simples porque não há necessidade clínica de diferenciar o H3N2 da influenza comum. (Fonte: Cryptographer/Shutterstock/Reprodução)

A covid-19 preocupa, mas não é a única virose em contágio comunitário. Nessa virada de ano, a influenza também está no radar da saúde pública, sobretudo em razão do subtipo H3N2. Nesse caso, a capacidade de fazer o diagnóstico rápido também pode adiantar o isolamento e diminuir a transmissibilidade. Conheça os exames e confira os prós e contras deles.

1. Imunocromatografia

Esse nome um tanto difícil se refere a um tipo de teste que serve a várias doenças infecciosas, além de detectar hormônios e outros elementos. Diz-se que ele identifica os vírus do ponto de vista qualitativo, identificando proteínas específicas e diferenciando agentes virais entre si.

O método consiste em associar antígenos específicos a partículas no vírus, permitindo “enxergar” o resultado. Seu funcionamento se assemelha ao exame de antígeno para covid-19. O resultado da imunocromatografia sai rapidamente, mas tem menor sensibilidade do que outras opções. 

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2. Imunofluorescência

A imunofluorescência é um método que vale tanto para bactérias como para vírus, que são distinguidos no exame por uma substância chamada fluoresceína. Nesse caso, o teste auxilia do ponto de vista quantitativo, aferindo a carga viral.

O exame é usado em outras formas de mapeamento de substâncias, assim como ocorre na córnea humana, mas no caso de infecções respiratórias ele responde especialmente bem. Esse fator, somado ao baixo custo do processamento, tornam ele muito utilizado.

Apesar de não haver uma distinção qualitativa da virose, como ocorre na imunocromatografia, isso não é um problema no caso da influenza. Ainda que seja mais severa, o subtipo H3N2 é identificado do mesmo modo, e a conduta clínica não se altera entre os diferentes tipos dessa classe de vírus.

Assim, sabendo dos prós e contras de cada exame, é possível tomar uma decisão com mais facilidade, porém o mais importante é o autocuidado constante. Como “prevenir é melhor do que remediar” (e testar), lavar as mãos, usar máscara e evitar aglomeração continuam sendo medidas fundamentais.

Fonte: Labcen, Fleury, Dasa.

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