Pesquisadores investigaram a possibilidade de pacientes pós-tuberculose desenvolverem resposta imune contra a covid-19
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Desde os primeiros sinais do Sars-CoV-2, os sintomas indicavam que os principais focos da covid-19, doença gerada pelo vírus, eram o pulmão e o sistema respiratório. Pelo fato de a tuberculose afetar o mesmo órgão e apresentar alguns sintomas semelhantes, investigadores decidiram entender melhor a relação entre ela e a covid-19.
Definida como uma doença infecciosa, a tuberculose é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. A enfermidade é transmissível pelo ar, através de gotículas expelidas por meio da tosse ou do espirro de pessoas contaminadas.
Ela afeta o sistema respiratório do paciente, gerando tosse, perda de peso, catarro, dor no peito, perda de apetite e suor noturno. O tratamento é feito com antibióticos, mas, quando o paciente é resistente aos medicamentos, normalmente é feita uma investigação para identificar se é o caso de uma tuberculose multirresistente.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Patologia, a doença é considerada grave por ter elevados índices de mortalidade e morbidade. Um exemplo da preocupação é a existência do Dia Mundial do Combate à Tuberculose.
Em 2020, foram registradas 1,5 milhão de mortes e 10 milhões de pessoas diagnosticadas com a doença em todo o mundo, de acordo com o Médicos Sem Fronteiras.
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O principal ponto de semelhança entre as duas enfermidades é o fato de ambas afetarem o sistema respiratório do infectado. Outro ponto é a pandemia ter dificultado a luta contra a tuberculose, por conta da realocação de recursos financeiros para o combate ao novo coronavírus.
Essa relação que foi analisada pelo estudo liderado pelo professor Richard Robinson, da Universidade Estadual de Ohio (EUA), sobre a possibilidade de os pacientes que conseguiram se curar da tuberculose serem capazes de desenvolver melhor resposta imune à covid-19 e suas consequências.
A pesquisa analisou camundongos com tuberculose, que, após serem tratados contra a infecção, foram contaminados com a doença causada pelo Sars-CoV-2. A teoria ainda não foi expandida para análise em humanos, mas os dados oferecem algumas possibilidades.
Segundo os resultados do artigo científico que foi publicado na revista científica PLOS Pathogens, a infecção bacteriana pode acabar transformando o pulmão em um ambiente mais inóspito para o novo coronavírus.
As razões para isso são o fato de os pulmões que sofreram de tuberculose apresentarem algumas células imunes que restringem o vírus e a Mycobacterium tuberculosis provocar uma resposta que oferece imunidade contra a covid-19 por reagir de forma cruzada contra o Sars-CoV-2.
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Referências: Forbes | Imagem Destaque | PLOS Pathogens | Sociedade Brasileira de Patologia | Médicos Sem Fronteiras