Glaucoma: o que é e quais são os sintomas?

15 de junho de 2022 4 mins. de leitura
Condição de saúde que atinge 1 milhão de pessoas no Brasil pode comprometer severamente a visão se não tiver orientação médica

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O glaucoma normalmente não apresenta sintomas muito específicos, mas sem o devido acompanhamento médico pode acabar causando cegueira.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a estimativa era de que 80 milhões de pessoas em todo o mundo sofressem com a doença até 2020. No Brasil, esse número chega a 1 milhão de adultos acima dos 40 anos, sendo que os riscos de ocorrer a doença aumentam após os 70 anos.

O que é glaucoma?

Causado pelo aumento progressivo da pressão intraocular, o glaucoma é uma doença crônica que pode levar a lesões no nervo óptico, prejudicando a visão a ponto de causar cegueira total quando não tratado.

A doença atinge principalmente:

  • familiares de pacientes com histórico da doença;
  • afrodescendentes e asiáticos;
  • pessoas acima de 40 anos;
  • míopes com lentes acima de 6 graus;
  • diabéticos.

 

Idosos acima de 70 anos têm três vezes mais chances de desenvolver glaucoma. (Fonte: Eduardo Barrios/Unsplash/Reprodução)

A OMS estima que mais de 100 milhões de pessoas terão a doença até 2040, por isso é preciso estar atento aos sinais e fazer acompanhamento periódico com oftalmologista.

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Indicadores e sintomas da doença

Apesar de ser uma doença silenciosa e potencialmente assintomática, existem alguns sintomas que, atrelados às visitas regulares ao médico, podem indicar a necessidade de investigar e diagnosticar a doença. Entre esses sintomas estão:

  • apneia do sono;
  • vermelhidão nos olhos;
  • enxaqueca e dores de cabeça;
  • dores nos olhos e ao redor deles;
  • maior dificuldade para enxergar à noite;
  • visualização de arcos em volta de luzes.

Como é feito o diagnóstico do glaucoma?

A visita anual a um oftalmologista é o primeiro passo para o diagnóstico da doença, pois o especialista realiza uma tríade de exames, que são:

  1. teste de acuidade visual — responsável por avaliar a capacidade visual do paciente;
  2. exame de fundo de olho — para examinar as condições arteriais do olho, bem como as veias e os nervos da retina;
  3. medição da pressão ocular — procedimento que permite medir a pressão intraocular.

Caso o médico perceba alguma irregularidade, pode pedir um exame do campo visual (ou campimetria), que colabora para o diagnóstico de doenças oculares por analisar o impacto de estímulos à visão periférica do paciente.

Para prevenir o glaucoma e evitar as consequências mais severas da doença, é preciso visitar um oftalmologista anualmente. (Fonte: Ksenia Chernaya/Pexels/Reprodução)

Tipos da doença

O médico é capaz de detectar qual é o tipo de glaucoma que o paciente apresenta, que pode ser:

  • primário — não se sabe o que leva à doença;
  • secundário — ligado a outras doenças oculares (como catarata), a infecções, ao uso de corticoides e a outras condições;
  • de ângulo fechado — mais frequente em pessoas míopes e asiáticas;
  • de ângulo aberto — forma mais comum da doença, ligada ao histórico familiar;
  • de pressão normal — apesar de ocorrer lesão no nervo óptico, a pressão ocular não aumenta.

Existe cura para o glaucoma?

Não existe cura para a doença, mas é possível tratá-la para recuperar a visão e ter mais qualidade de vida. Os tratamentos para o glaucoma se concentram em controlar a pressão intraocular, prevenindo lesões no nervo óptico. Uma das principais formas de tratar é com o uso de colírios específicos e devem ser prescritos por um médico-oftalmologista a partir do histórico e dos exames do paciente. Também é possível realizar intervenções cirúrgicas e a laser, a depender do tipo da doença.

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Fonte: Viva Bem, Drauzio Varella

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