Pesquisa aponta que 10% da população brasileira nunca foi ao oftalmologista
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O Mês Mundial da Visão, que acontece em outubro, tem como objetivo gerar a conscientização da população para a importância da saúde dos olhos. No Brasil, uma parcela minoritária de pessoas ainda não possui o hábito de frequentar o oftalmologista.
Segundo uma pesquisa feita pelo Ibope Inteligência com 2,7 mil internautas brasileiros, 10% dos entrevistados afirmaram nunca ter ido a um médico especialista em problemas de visão, e 25% disseram só buscar ajuda quando sentem algum tipo de incômodo na vista.
Entretanto, muitos não reconhecem que visitas esporádicas ao oftalmologista podem ser o fator essencial para a prevenção de doenças causadoras de cegueira irreversível, como o glaucoma.
Engana-se quem pensa que o único papel de um oftalmologista é prescrever receitas de óculos ou lentes de grau para casos de miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia — a popular “vista cansada”.
Apesar de esses serem casos comuns no dia a dia de um consultório, esses profissionais também são responsáveis pelo tratamento de infecções, alergias e inflamações na região do globo ocular, além da prevenção de doenças causadoras de perda progressiva de visão e até mesmo cegueira.
As visitas periódicas ao médico também servem para o acompanhamento de patologias oculares hereditárias, como são os casos da ceratocone, catarata e do glaucoma.
Os dados da pesquisa Um olhar para o glaucoma no Brasil demonstram que 30% dos brasileiros acham que só devem procurar um médico especialista após começar a usar óculos, e 23% após perceber alguma perda de visão, o que é um panorama equivocado sobre a profissão.
Por exemplo, o exame de pressão ocular detecta possíveis sinais do aparecimento de glaucoma. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa é a segunda doença que mais causa cegueira no mundo, ficando atrás apenas da catarata.
O glaucoma é caracterizado pela danificação das fibras nervosas que carregam informação visual do olho até o cérebro. Portanto, esse processo é causador da perda de campo visual, podendo alcançar quadros mais graves, como o de cegueira irreversível.
Como essas fibras não são salvas por um processo de regeneração, a tendência é que a saúde dos olhos piore no decorrer do tempo. Um indivíduo que tenha tido apenas um dos globos oculares comprometidos pela doença provavelmente não notará por conta própria qualquer tipo de problema ao tentar enxergar com os dois olhos abertos.
Por isso, as visitas a um médico especialista pode servir para identificar o problema em seu estágio inicial e evitar o seu agravamento.
Manter a população informada sobre os riscos das doenças oculares pode ser um passo importante para diminuir os casos severos de doenças como o glaucoma. No levantamento do Ibope, mais da metade respondeu que não sabia da associação entre a doença e o quadro de cegueira irreversível, e 47% desconheciam o fato de ser uma enfermidade hereditária.
Por isso, recomenda-se que tanto na infância quanto na fase adulta sejam realizados exames de rotina uma vez por ano. Já para faixa etária considerada “grupo de risco”, as visitas ao consultório podem ter o intervalo reduzido para cada 6 meses.
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Fontes: Medicina S.A, Boa Consulta, Minha Vida, Panorama Farmaceutico, Shutterstock.