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Os fabricantes da Pfizer-BioNTech disseram, nesta quarta-feira (8), que estudos preliminares confirmam a eficácia do imunizante produzido pelo laboratório contra a variante ômicron após a aplicação de três doses. De acordo com o comunicado, o nível de proteção é semelhante ao oferecido pelas duas doses contra a cepa original do vírus.
Segundo a nota divulgada pelas empresas, a terceira dose aumenta o número de anticorpos neutralizantes no organismo em até 25 vezes, proporcionando uma defesa mais robusta. Porém, a segunda dose da vacina já é capaz de diminuir o risco de desenvolvimento de sintomas graves relacionados à covid-19 causada pela cepa ômicron.
Qual é a eficácia das outras vacinas disponíveis no Brasil contra a variante ômicron?
Durante o CoronaVac Symposium, Weidong Yin, presidente da Sinovac, afirmou que ainda há muitas incertezas sobre o comportamento da ômicron, mas que “já existem evidências de que a Coronavac é eficaz contra a nova cepa”. Além disso, a empresa trabalha na criação de uma nova versão do imunizante para o combate da variante.
Segundo informações disponibilizadas pela Reuters, a AstraZeneca acredita que apresentará uma boa eficácia diante da nova cepa, da mesma forma que aconteceu com outras variantes de preocupações anteriores. Por enquanto, o laboratório ainda faz pesquisas para compreender melhor o impacto da ômicron na vacina.
Já a empresa Johnson & Johnson, responsável pelo imunizante da Janssen, informou que realiza testes para desenvolver uma versão da vacina que seja capaz de neutralizar especificamente a ação da variante ômicron.
Como funciona o esquema de aplicação das doses de reforço no Brasil?
De acordo com as orientações do Ministério da Saúde, no Brasil, a dose de reforço está disponível para pessoas maiores de 18 anos que completaram o esquema vacinal (aqueles que já tomaram as duas doses) há pelo menos cinco meses.
No entanto, vale ressaltar que essa medida se aplica apenas aos que foram imunizados com as vacinas da Pfizer, AstraZeneca e Coronavac. No caso dos que receberam o imunizante da Janssen, a indicação é tomar a dose de reforço da marca pelo menos dois meses após a aplicação da dose única.
Porém, é digno de nota que os estados brasileiros têm liberdade para criar o próprio cronograma. Em São Paulo e no Ceará, por exemplo, o tempo de intervalo entre a segunda dose e o reforço é de quatro meses.
Além disso, de acordo com Programa Nacional de Imunização (PNI), a dose de reforço deverá ser, preferencialmente, com a vacina da Pfizer, podendo, de modo alternativo, serem usados os imunizantes da AstraZeneca ou Janssen.
Fonte: Pfizer, Instituto Butantan, Reuters, Ministério da Saúde, Governo de São Paulo, Governo do Brasil, Johnson & Johnson.