Outubro Rosa: pandemia aumenta cautela em casos de câncer de mama

16 de outubro de 2020 4 mins. de leitura
Diagnóstico precoce e manejo correto na rotina de pacientes com tumor são peças-chave para conter mortalidade da doença em tempos de crise

A pandemia do novo coronavírus tem gerado receio na comunidade médica quanto ao prosseguimento do tratamento de pacientes com tumores malignos, que fazem parte de um dos grupos de risco da covid-19.

Com isso, a chegada do Outubro Rosa marca a importância da conscientização das mulheres a respeito da prevenção e do diagnóstico de doenças, sobretudo o câncer de mama.

O câncer de mama é o terceiro tumor mais comum no mundo e o que mais afeta mulheres, de acordo com Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC). Tendo em vista que o diagnóstico precoce é um dos principais fatores de diminuição da mortalidade, como os profissionais da saúde podem atuar para orientar a população a buscar ajuda durante este período de crise? Entenda.

Manejo de pacientes com câncer

Outubro Rosa marca a conscientização para a prevenção do câncer de mama. (Fonte: Shutterstock)
Outubro Rosa marca a conscientização para a prevenção do câncer de mama. (Fonte: Shutterstock)

Apesar de os tratamentos oncológicos reduzirem a imunidade dos enfermos, a covid-19 não pode se tornar um motivo para as pessoas abandonarem seus tratamentos. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 66 mil novos casos de câncer de mama devem ser diagnosticados no Brasil entre 2020 e 2022 — número que não depende da pandemia.

Esse é um dos motivos, por exemplo, que fizeram a empresa farmacêutica Pfizer criar a campanha “Câncer Não Faz Quarentena”, em parceria com a Femama, o Instituto Oncoguia e o Movimento Todos Juntos Contra o Câncer. 

A campanha tem como objetivo justamente incentivar a população a realizar a manutenção dos cuidados com a saúde durante esse período, desde que o paciente siga as recomendações médicas. 

Dessa forma, é possível reorganizar a rotina de atendimento sem que o indivíduo desista de realizar os exames de mamografia ou tratamento quimioterapêutico por conta própria, por exemplo.

Mudança de rotina e cuidados especiais durante a pandemia

Atendimento oncológico deve prosseguir com adaptações durante a pandemia. (Fonte: Shutterstock)
Atendimento oncológico deve prosseguir com adaptações durante a pandemia. (Fonte: Shutterstock)

É essencial que os ambulatórios de tratamento oncológico saibam se adaptar e aplicar restrições em seus atendimentos durante a pandemia. Por exemplo, as instituições devem equilibrar o espaçamento entre as consultas para evitar o acúmulo de pessoas no mesmo local — o que também pode acarretar uma diminuição de vezes em que o paciente precise se deslocar até o consultório.

Segundo o Inca, 4 a cada 5 casos de câncer de mama ocorrem em mulheres com mais de 50 anos, fazendo com que o alerta sobre a ameaça do coronavírus seja maior nessa parcela da população.

Atenção para a higienização de itens e superfícies

Nos consultórios e domicílios, o cuidado com a higienização de equipamentos e superfícies deve ser redobrado. O uso de máscaras e álcool em gel fazem parte do dia a dia na prevenção da pandemia, tal como a retirada dos calçados antes de entrar em casa.

Itens pessoais, como bolsas, chaves, celulares e carteiras, devem sempre ser mantidos próximos ao indivíduo e higienizados após todo deslocamento. 

Cuidados com a saúde de terceiros

A manutenção da saúde de pacientes com câncer também exige participação ativa de todos os membros do processo. Durante as consultas, é importante que as pacientes reduzam o número de acompanhantes, evitando aglomerações.

Caso algum familiar ou residente das acomodações de um enfermo apresente sintomas de gripe, é recomendável que essa pessoa busque um cômodo separado ou até mesmo outra residência para ficar de quarentena.

O mesmo vale para os membros das equipes médicas designadas para o tratamento oncológico. Nenhum profissional de saúde com qualquer sintoma de covid-19 deve colocar seus pacientes em risco ao trabalhar em condições de saúde duvidosas.

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Fontes: Inca, Pfizer, CFM, Femama.

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