Saúde passará por mudanças nos próximos 10 anos, com redesenho de jornada do paciente e profissionais mais tecnológicos
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Conforme a pandemia do novo coronavírus foi avançando, o setor de saúde precisou se adaptar para manter o atendimento aos pacientes contaminados, a assistência de doentes crônicos e agudos, além de resguardar o bem-estar dos profissionais envolvidos.
Mais de um ano depois do início da disseminação do vírus, a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), em parceria com a Bain & Company, lançou o estudo Lições da pandemia: perspectivas e tendências.
As informações do estudo são fruto do que foi discutido por especialistas do mundo todo no último Congresso Nacional de Hospitais Privados (Conahp). Dividindo o assunto em três grandes temas — assistencial, pessoas e sustentabilidade — foram analisados os desafios, as tendências e as novas estratégias para aprimorar a área.
A pandemia trouxe uma ruptura nos modelos de cuidado tradicionais no Brasil, ressaltando a complexidade e a particularidade do sistema de saúde do País, que precisa de ações mais integradas e flexíveis às demandas da população.
A tendência é um aumento dos atendimentos fora de hospitais e consultórios. Assim, os teleatendimentos serão mais frequentes e as ferramentas digitais serão agregadoras para que um time de especialistas possa atender um paciente.
Desse modo, é possível dizer que, passado esse período, haverá alterações na escolha do paciente, com mais voz e maior responsabilidade em escolher quando, como e onde deseja receber o cuidado necessário. Além disso, a integração das áreas deve aumentar, principalmente com a telessaúde e a assistência, que será cada vez mais humanizada e centrada no paciente.
A tecnologia ganhou destaque na pandemia, mostrando a importância de utilizar indicadores e dados em tempo real, que são capazes de facilitar as tomadas de decisão e a gestão hospitalar.
Com essa mudança, a Saúde demandará cada vez mais profissionais especializados e flexíveis para lidar com um sistema complexo, integrado e tecnológico. Além disso, será preciso redobrar a atenção ao bem-estar do profissional.
Outro ponto de destaque é a telemedicina, que foi regulamentada por meio da Portaria 467 de março de 2020, em caráter excepcional e temporário, para operacionalizar atendimentos durante o isolamento social.
Com essa norma, foi possível manter os atendimentos de pacientes crônicos sem a necessidade de deslocamento e possíveis transmissões. Para o futuro, a tendência é que o modelo se consolide, principalmente, nas áreas de Saúde Mental e Dermatologia.
Portanto, os desafios serão financeiros (já que o novo modelo requer altos investimentos tecnológicos), no redesenho da jornada do paciente — que terá a tecnologia como ponto central para facilitar atendimento, capturar e armazenar dados — e na integração com parceiros.
Fonte: Medicina S/A, Contabilizei, Wareline.