Saiba qual é a diferença entre Gripe e Covid-19

3 de março de 2020 4 mins. de leitura
O Covid-19, causado pelo novo coronavírus, é muito semelhante a uma gripe; saiba como se proteger

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Na quarta-feira (26) foi confirmado o primeiro caso do novo coronavírus no Brasil. O paciente é um homem de 61 anos de idade, morador de São Paulo (SP), que voltou recentemente de Turim, no norte da Itália, região que também confirmou os primeiros casos da doença recentemente. Além dele, outro paciente foi diagnosticado no sábado (29).

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Com isso, a preocupação dos brasileiros com um possível contágio aumentou. Como os sintomas da covid-19 são muito semelhantes aos de uma gripe ou resfriado comuns e há aumento nos casos dessas doenças em épocas chuvosas, como o verão brasileiro, pode ser instaurado um clima de pânico; porém, não há motivo para isso.

(Fonte: Shutterstock)

Covid-19 tem sintomas semelhantes aos de gripe

A covid-19 e a gripe são causadas por vírus diferentes: a primeira pelo novo coronavírus e a segunda, pelo influenza — a última pandemia que preocupou o mundo com a H1N1 foi causada por uma variação do influenza.

A questão é que todas as doenças respiratórias causadas por esse tipo de vírus têm sintomas muito semelhantes: febre, tosse, dores na cabeça e nos membros e apatia, que também podem ser indicadores de um simples resfriado, o qual normalmente passa em poucos dias.

O primeiro passo para diferenciar todos os problemas é ter certeza de que não se trata de um resfriado. Tanto a gripe causada pelo vírus influenza quanto a covid-19 e outras síndromes gripais têm sintomas mais intensos, que realmente deixam o paciente de cama, com febre alta (41 °C), acompanhada de calafrios e dores fortes em todo o corpo que demoram mais tempo para passar.

(Fonte: Shutterstock)

Como diferenciar gripe de covid-19?

Caso os sintomas sejam realmente severos, além de um resfriado comum, como ter certeza de que não se trata de covid-19? A questão se torna um pouco mais complicada, principalmente porque as pessoas infectadas pelo novo coronavírus podem demorar até 14 dias para apresentar qualquer sintoma.

Para ter certeza de qual doença acomete o paciente, é necessário observar a evolução do quadro clínico e realizar exames físicos que detectem qual vírus o infectou. Contudo, alguns sinais entre as duas infecções podem ser diferentes e ajudar na identificação.

O principal deles é que o influenza e outros tipos de vírus afetam mais o trato respiratório superior, enquanto o novo coronavírus prejudica mais a parte inferior. Dessa maneira, os sintomas incluem tosse seca, febre, falta de ar e, em casos mais graves, pneumonia.

Caso o paciente apresente apenas dor de garganta, coriza e espirros — sintomas referentes ao trato respiratório superior —, é provável que não se trate da covid-19. Embora a rápida propagação do novo coronavírus tenha causado preocupação em todo o mundo, sabe-se que a doença causada por ele não dá motivos para pânico porque a letalidade dela (estimada em 2% ou 3%) é menor que a de outras epidemias, como o H1N1.

A forma de tratar a nova doença também não é muito diferente da gripe comum: dar suporte ao paciente, de modo a aliviar seu sofrimento e evitar que os sintomas se agravem. O próprio sistema imunológico é quem mata o vírus e leva à cura.

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Prevenção do novo coronavírus

Quanto à prevenção, outra questão que deve ser desmistificada diz respeito ao uso de máscaras, já que elas não previnem a infecção pelo novo coronavírus, como muitos imaginam.

A principal forma de contágio da covid-19 é pelo contato direto com alguém doente ou por gotículas que se espalham quando a pessoa infectada espirra ou tosse, as quais ficam em superfícies e objetos e podem entrar no corpo quando levamos as mãos à boca ou aos olhos. Dessa maneira, quem deve usar máscara é quem já apresenta os sintomas, para evitar que as partículas se espalhem.

A melhor opção é apostar na higienização correta das mãos, sendo indicado lavá-las com água e sabão após cumprimentar outras pessoas ou tocar em superfícies em ambientes públicos.

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Fontes: Deutsche Welle, Estadão Saúde.

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