Sarcoma de Kaposi: entenda esse distúrbio dermatológico - Summit Saúde

Sarcoma de Kaposi: entenda esse distúrbio dermatológico

13 de abril de 2022 4 mins. de leitura

Sarcoma de Kaposi é um tipo de câncer frequentemente associado ao HIV. Conheça os sintomas e os tratamentos

Publicidade

Conheça o maior e mais importante evento do setor de saúde do Brasil.

Considerado um tipo raro de câncer, o sarcoma de Kaposi ainda é pouco comentado na comunidade científica, o que pode gerar dúvidas sobre suas implicações. A doença se propaga inicialmente na pele, mas pode atingir outros órgãos, além de ser comumente associada a sistemas imunológicos já fragilizados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV).

A busca de um profissional é importante logo no estágio inicial dos sintomas, que geralmente consistem em reações dermatológicas. Acompanhe o texto a seguir e conheça as principais características relacionadas à condição, os sintomas e as opções de tratamento.

O câncer de Kaposi atinge principalmente a pele, mas pode evoluir para o trato gastrointestinal, o pulmão e outros órgãos. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)
O câncer atinge principalmente a pele e pode evoluir para o trato gastrointestinal, os pulmões e outros órgãos. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

O que é o sarcoma de Kaposi?

O sarcoma de Kaposi é um tipo de neoplasia vascular que atinge a camada superficial da pele. Seu nome se dá pela descoberta feita por Moritz Kaposi, médico dermatologista húngaro que descreveu as primeiras características dessa condição em 1872. Há pelo menos três gêneros da doença: clássico, endêmico e, o mais comum, associado ao HIV.

A principal característica desse câncer é a reação agressiva ao tecido da pele, causando manchas e coceiras que podem se agravar sem o devido tratamento. Seu avanço lento tende a atingir outros órgãos, especialmente em pacientes que já têm o sistema imunológico debilitado pelo vírus HHV-8.

Outros grupos que podem ser afetados diretamente por esse tipo de condição são pacientes com órgãos transplantados ou com insuficiência renal aguda. As lesões do sarcoma de Kaposi aparecem geralmente nos braços, nos pés e na face, mas também podem atingir a boca e os órgãos internos.

Tipos de sarcoma de Kaposi

Sarcoma de Kaposi clássico

O tipo clássico de Kaposi reage principalmente em idosos do sexo masculino com idade acima de 60 anos, por meio de manchas na pele. Considerada a forma mais branda da doença, essa espécie raramente se desenvolve em outras partes do corpo. É comumente associado a genes italianos ou do leste europeu.

Sarcoma de Kaposi relacionado à Aids

A neoplasia mais comum dessa doença se dá pela associação com a síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids) e é considerado o sarcoma de Kaposi mais perigoso. Como o sistema imunológico já está comprometido pelo vírus HIV, a doença tende a se propagar de forma mais rápida e atingir outros órgãos, causando falta de ar e hemorragias internas.

Sarcoma de Kaposi endêmico ou africano

O tipo endêmico de Kaposi apresenta características parecidas com as da forma clássica da doença, mas atinge principalmente a população africana. Em crianças, o câncer pode acometer os linfonodos, com ou sem lesões de pele, e tem maiores chances de ser fatal.

Leia mais:

Imunoterapia pode ajudar na redução do desenvolvimento da doença. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)
Imunoterapia pode ajudar na redução do desenvolvimento da doença. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Como o sarcoma pode ser tratado?

O diagnóstico de sarcoma de Kaposi é feito por meio de biópsia das feridas na pele, além de análises de raio x e endoscopia em casos de alterações gastrointestinais.

O principal tratamento para a doença é feito com quimioterapia e radioterapia nos casos mais graves, enquanto as versões mais brandas são geralmente tratadas com imunoterapia e medicação. Remédios antirretrovirais contribuem para a redução do desenvolvimento da doença e até mesmo para a regressão das lesões na pele.

Quer saber mais? Confira a opinião e a explicação de nossos parceiros especialistas em Saúde.

Fonte: Manual MSD, Revista da Associação Médica Brasileira.

Webstories