Carreira médica: saiba como planejar sua trajetória profissional - Summit Saúde

Carreira médica: saiba como planejar sua trajetória profissional

23 de fevereiro de 2022 5 mins. de leitura

Passar no vestibular de Medicina é apenas o começo do caminho. Veja como se preparar para a carreira médica

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Se você tem interesse em ser médico, então deve estar à procura de informações sobre o funcionamento da graduação e da carreira médica. Por isso, é sobre esse último aspecto que a matéria de hoje vai ajudar. Afinal, como é o dia a dia de quem trabalha nessa profissão? O que deve ser considerado nesse planejamento?

Entenda como o trabalho médico se estrutura e saiba qual é o passo a passo para planejar sua carreira.

1. A gestão da carreira começa na graduação

Desde o curso superior, é interessante observar as áreas de interesse e direcionar a atuação a elas. (Fonte: Nastya_ph/Shutterstock/Reprodução)
Desde o curso superior, é interessante observar as áreas de interesse e direcionar a atuação a elas. (Fonte: Nastya_ph/Shutterstock/Reprodução)

Ao longo do curso de Medicina, os estudantes têm algumas oportunidades de colocar “a mão na massa”. Isso é fundamental para que o aluno saiba quais são as suas principais áreas de interesse e comece a planejar sua carreira médica.

A experiência prática mais importante é o internato, que funciona como um grande estágio clínico no quinto e no sexto ano da graduação, mas os estágios ao longo do percurso também cumprem um papel importante. Você deve aproveitar esses momentos para entender qual é o perfil de cuidado que tem “a sua cara”.

Um exemplo disso está na opção entre as práticas clínica e cirúrgica. Algumas especialidades são dedicadas integralmente a um tipo de atendimento: o dia a dia do endocrinologista ocorre no consultório, já o do cirurgião na sala de operações. E outras delas conciliam os dois mundos, como Ginecologia e Obstetrícia.

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2. Escolha sua especialidade de acordo com suas prioridades

A residência médica é a formação que ocorre após o término da graduação e define a especialidade do profissional. Há vários pontos a serem considerados na hora de escolher o campo a seguir, como a opção entre a clínica e a área cirúrgica, além de diversas outras variáveis.

Para definir sua prioridade, você deve pensar também no modelo que cada carreira tem. Quem atende na clínica pode receber menos no início da carreira, mas terá uma rotina com horários mais regrados. Já os cirurgiões fazem muitos plantões e lidam com situações que se estendem além do previsto; porém, costumam ter um salário melhor.

Além disso, considere que as residências levam de dois a cinco anos, têm uma carga horária de 60 horas e auxiliam o estudante por meio de uma bolsa de R$ 4.106,90. A jornada é exaustiva, e o valor está bem abaixo do que a prática médica consegue oferecer ao profissional, além de haver atrasos eventuais.

Uma última questão: não é obrigatório fazer residência, mas isso é muito importante para a carreira médica. Assim, o profissional terá mais subsídios para o cuidado do paciente que procura sua atenção.

E, se você estiver na dúvida do que escolher em sua residência, porque deseja atender várias demandas médicas juntas, existem algumas especialidades que têm foco justamente nisso, como a Medicina de Família e Comunidade. Essa especialidade considera que cabe ao médico estar centrado na pessoa e seu contexto, e não apenas nos sintomas que apresenta o paciente.

Quer saber mais? Assista aqui à opinião e explicação dos nossos parceiros especialistas em saúde.

3. Entenda os gargalos da Medicina no País

A carreira médica oferece um ótimo horizonte profissional, mas é necessário considerar suas dificuldades. (Fonte: Jair Ferreira Belafacce/Shutterstock/Reprodução)
A carreira médica oferece um ótimo horizonte profissional, mas é necessário considerar suas dificuldades. (Fonte: Jair Ferreira Belafacce/Shutterstock/Reprodução)

Ao escolher uma área de trabalho, existem alguns cuidados a serem tomados, como pesquisar o mercado. Ele costuma absorver facilmente os egressos, mas em algumas regiões pode haver saturação na especialidade e, em outros locais, muita procura e pouca oferta. 

Isso se expressa no sentido regional, mas também a nível nacional. Segundo um estudo de demografia médica da Universidade de São Paulo, 52% dos profissionais se concentram apenas na Região Sudeste.

A falta de médicos no interior do País passa tanto por médicos da Atenção Primária como por especialistas focais. Como os médicos costumam ter boa qualidade de vida em cidades maiores, e os locais mais remotos têm menos estrutura de trabalho e de remuneração, ocorre uma desigualdade acentuada na distribuição dos profissionais.

Além disso, existem vários aspectos que interferem na remuneração, por exemplo área de atuação e o número de pacientes que atendem — estes são fatores que pesam. Isso não se refere apenas ao tamanho da agenda disponibilizada, mas ao tempo que você pode demorar até se consolidar no mercado.

Outro ponto se refere à falta de estrutura no âmbito das políticas de formação dos médicos. Atrasos na bolsa de pagamento são apenas um exemplo de como isso pode interferir na carreira médica. Isso precisa ser considerado ao pesar se é interessante fazer a residência logo após se formar ou trabalhar um período e só então se especializar.

Todos esses elementos precisam ser considerados ao pensar na sua carreira médica. O importante é ter um planejamento e criar, pouco a pouco, o trajeto para sua realização profissional.

Fonte: USP, UCPel.

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