Cirurgia: como garantir a segurança na aplicação da anestesia?

7 de maio de 2022 4 mins. de leitura
Seguir diretrizes divulgadas por órgãos oficiais permite minimizar os riscos na hora da anestesia

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Na atualidade, um dos principais desafios na área de Assistência à Saúde está relacionado com a segurança no processo anestésico cirúrgico. Esse fato motivou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a lançar, em 2008, a campanha “Cirurgias Seguras Salvam Vidas”, com a divulgação de um conjunto de práticas que visam reduzir o risco de falhas no procedimento.

Em 2017, foi publicada no Brasil a Resolução nº 2.174, que contempla diretrizes em relação à anestesia em cirurgias. Há outras resoluções com o mesmo tema, mas essa, especificamente, estabelece a necessidade de uma avaliação pré-anestésica em casos de procedimentos cirúrgicos. Além disso, reforça que devem ser obtidas certas informações básicas antes do processo, para reduzir e controlar possíveis riscos envolvidos na aplicação da anestesia.

Seguir as diretrizes de saúde minimiza os riscos na hora da sedação. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)
Seguir as diretrizes de saúde minimiza os riscos na hora da sedação. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

A segurança no processo anestésico cirúrgico

Para garantir a segurança no procedimento são realizadas algumas etapas. No geral, a consulta pré-anestésica é a primeira delas, servindo para que o médico-anestesista avalie as condições clínicas do paciente, o que possibilita a determinação do tipo mais adequado de anestesia e a redução dos riscos de complicações no quadro clínico.

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Na conversa inicial, o médico busca conhecer o histórico de saúde da pessoa e hábitos como o uso de medicamentos diários, além de possíveis alergias ou problemas de saúde preexistentes. Também costumam ser fornecidas algumas orientações, como a necessidade de jejum antes da cirurgia, a mudança na ingestão de remédios e até a prática de exercícios físicos.

Sendo assim, é um momento de conhecer o paciente e esclarecer todas as possíveis dúvidas, bem como explicar de que forma são realizados os procedimentos pré e pós-operatórios. Feito isso, o anestesiologista deve solicitar exames que visem complementar a análise do quadro clínico do paciente. Podem ser analisados: desempenho físico, saúde cardíaca e níveis de glicemia.

Para mensurar o risco cardíaco pré-cirúrgico, são solicitados exames como o eletrocardiograma. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)
Para mensurar o risco cardíaco pré-cirúrgico, são solicitados exames como o eletrocardiograma. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Se for identificado algum fator de risco, são solicitados exames complementares para definir se é seguro ou não realizar a cirurgia. Em alguns casos, quando necessário e possível, recomenda-se o uso de medicamentos para reverter ou melhorar o quadro, de modo a obter boas condições clínicas do paciente para a realização de um procedimento cirúrgico com riscos minimizados.

Mesmo fazendo tudo isso e seguindo vários protocolos que objetivam garantir a segurança no processo anestésico, é preciso que a pessoa assine um termo de consentimento. O documento deixa claro que o paciente está ciente de possíveis riscos, indica que foi realizada a avaliação prévia e autoriza formalmente a realização do procedimento.

A partir dessas etapas, é possível que a pessoa que será submetida à cirurgia tenha segurança na internação, sentindo-se preparada e tendo todos os detalhes devidamente esclarecidos.

Quer saber mais? Confira a opinião e a explicação de nossos parceiros especialistas em Saúde.

Fonte: Revista de Enfermagem UFPE, Ministério da Saúde, Instituo Brasileiro de Segurança do Paciente.

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