Como evitar os 5 erros mais comuns em hospitais?

25 de fevereiro de 2022 4 mins. de leitura
Falhas médicas podem ser evitadas com o devido cuidado da equipe e auxílio da saúde digital

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Em 2019, um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou dados preocupantes sobre os erros médicos. Segundo a instituição, 2,6 milhões de pessoas morrem por ano devido a condutas inadequadas das equipes de saúde. O relatório afirma que no atendimento ambulatorial, 40% dos pacientes sofrem com erros médicos (como indicação de medicação errada e erro na leitura de exames). Em hospitais essa taxa cai para 10%.

No Brasil, um levantamento do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar da Universidade Federal de Minas Gerais (IESS-UFMG), estimou que 1,3 milhão de pessoas sofre pelo menos um efeito colateral causado por negligência ou imprudência no atendimento médico.

Hospitais precisam estar em constante evolução para evitar erros médicos. (Fonte: Pexels/Reprodução)
Hospitais precisam estar em constante evolução para evitar erros médicos. (Fonte: Pexels/Reprodução)

Segundo a OMS, a maioria desses erros ocorre pela fadiga decorrente do excesso de trabalho, formação deficiente de profissionais, não seguimento de normas e procedimentos de segurança e falha de comunicação na equipe de assistência. Vejamos alguns dos acontecimentos mais comuns em situações de erros médicos.

1. Erros em medicações

Entre os erros mais comuns estão a falha na indicação de medicações. Estas podem ocorrer por erro na dosagem, interação medicamentosa não conferida ou indicação de medicamento sem conhecimento do histórico do paciente.

2. Análise equivocada de exames

Muitas vezes, na leitura de exames laboratoriais, os médicos consideram apenas a conformidade de valores com os parâmetros indicados. Isto é um erro, pois não considera as especificidades do paciente, como medicamentos previamente utilizados, uso de drogas, estilo de vida etc. Dessa forma, um exame pode deixar de notar um indicador de problema.

3. Cirurgias desnecessárias

O procedimento cirúrgico deve ser realizado como último recurso terapêutico, devido a seu grau de complexidade e de invasividade. Porém, principalmente em situações emergenciais, alguns médicos tomam a decisão de realizar uma cirurgia que poderia ter sido evitada.

Cesarianas sem real indicação são uma das principais fontes de reclamações na área da obstetrícia. (Fonte: Pexels/Reprodução)
Cesarianas sem real indicação são uma das principais fontes de reclamações na área da obstetrícia. (Fonte: Pexels/Reprodução)

Entre os motivos mais citados neste tipo de acontecimento está o fato de muitos médicos generalistas e sem experiência começarem a carreira como plantonistas e lidarem com situações graves sem apoio de grandes equipes.

4. Diagnósticos equivocados

Muitas vezes a falta de profissionais faz com que clínicas e hospitais empreguem generalistas e recém-formados como especialistas. A falta de experiência, de atenção e de convívio e trocas com outros profissionais da saúde podem fazer com que um diagnóstico errado seja feito. A partir deste todo um tratamento desnecessário pode ser realizado, gerando perigos à vida do paciente.

Mas não apenas os profissionais jovens cometem erros. Muitos médicos não se atualizam em seu campo de expertise e acabam tendo parâmetros errados na hora do diagnóstico.

5. Cirurgias em membros ou órgãos errados

Por mais incrível que pareça, esse erro médico ainda ocorre em hospitais de todo o mundo. Normalmente a situação se desdobra em erros de preenchimento de formulários e prontuários.

Como evitar os erros médicos?

Como notamos, muitos erros acontecem pela falta de preparo de um profissional para determinada situação. Portanto, a discussão de tratamentos com outros profissionais (médicos, enfermeiros e farmacêutico hospitalar) pode ajudar.

Além disso, a saúde digital pode ser uma grande aliada para melhorar os índices de acertos em hospitais. Prontuários eletrônicos que possam ser conferidos, que arquivem fotos, exames e outros dados podem ser o diferencial na hora de propor um tratamento correto.

Fonte: Agência Brasil, Fapesp – Revista Pesquisa, Radcare, Meu Consultório, DS Advogados, Medilab.

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