Dia Mundial do Cérebro: hora de olhar para a saúde cerebral

Uma simples tarefa do cotidiano ou as mais complexas atividades. De todo modo, a execução só é possível com o trabalho do cérebro. Um dos mais intrigantes e fascinantes órgãos do corpo, ele consome 20% do oxigênio e atua como núcleo de inteligência e aprendizagem. 

Dotado de aproximadamente 86 bilhões de neurônios, que processam e transmitem informações, o cérebro compõe o sistema nervoso central e garante que as ações, voluntárias ou involuntárias, como andar, falar, ler, escrever, sentir ou planejar, sejam realizadas. Portanto, todas as funções do organismo são provenientes de comandos cerebrais.

A capacidade exata de memória do cérebro ainda é um mistério, mas estudos apontam que seria superior às estimativas. Pesquisadores do Instituto Salk, dos Estados Unidos, concluíram que pode ser de pelo menos um petabyte, algo como um quatrilhão de bytes. 

Formado por diferentes estruturas, o órgão tem dois hemisférios: direito e esquerdo. É composto de córtex cerebral, popularmente chamado de massa cinzenta, dividido em lobos; cerebelo; tronco encefálico e hipocampo — cada um responsável por funções distintas.

Com o objetivo de abordar e promover a defesa dos temas relativos à saúde desse importante órgão, a Federação Mundial de Neurologia (FMN) criou, em 2014, o Dia Mundial do Cérebro, celebrado em 22 de julho. A data é a mesma da fundação da entidade, em 1957.

Saúde e deficiência do cérebro

A cada ano é realizada uma campanha global; para 2023, o tema definido pela FMN com a Federação Mundial de Neurorreabilitação é “Saúde e deficiência do cérebro”, focando educação e conscientização sobre deficiência. As entidades lembram que as deficiências cerebrais atingem diferentes faixas etárias, gêneros, etnias e status socioeconômicos e afirmam que “quando se trata de saúde cerebral, não podemos deixar ninguém para trás”.

As organizações defendem que a educação é a base para o acesso universal e a ampliação da equidade, alertando que as deficiências cerebrais podem ter prevenção, tratamento e reabilitação. Tendo em vista que saúde cerebral é para todos, em qualquer lugar, cinco propósitos principais foram definidos: prevenção, conscientização, acesso, educação e advocacia.

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Cuidados e qualidade de vida

O cuidado com o cérebro para garantir qualidade de vida foi a abordagem da campanha em 2021; já no ano passado, o foco foi a saúde cerebral para todos. Existem mais de 600 doenças neurológicas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). É de suma relevância, portanto, procurar manter o órgão saudável.

Entre as medidas que devem ser adotadas estão abandonar o tabagismo, fazer exames médicos regulares, evitar o consumo excessivo de álcool, dormir bem, cuidar do estresse, além de praticar exercícios físicos de forma constante e alimentar-se de maneira equilibrada, priorizando legumes, frutas, verduras, peixes, azeite e grãos.

O cérebro tem aproximadamente 160 mil quilômetros de vasos sanguíneos e, diferentemente do que se preconizava, é utilizado em sua totalidade, e não apenas em 10%. 

Fontes: Federação Mundial de Neurologia, Salk, Super Cérebro, Fiocruz, SPDM, Neuroconecta