Farmacêuticos são essenciais no combate às infecções hospitalares

8 de fevereiro de 2021 3 mins. de leitura
Segundo estudo, presença de farmacêuticos em hospitais está diretamente ligada à redução das taxas de mortalidade e ao controle de infecções

Em 2019, o Ministério da Saúde anunciou que o Brasil rumava a 14% de taxa de infecção hospitalar entre todas as internações no país, que é um dos maiores problemas enfrentados por profissionais da saúde e cujo controle é imprescindível para garantir a qualidade dos serviços ofertados à população.

Na época, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) chegou a liberar um comunicado indicando que o simples ato de médicos e enfermeiros higienizarem as mãos seria de grande eficácia para diminuir o número de casos. 

Porém, existe um outro fator que pode causar grande impacto no controle das infecções hospitalares: a presença de farmacêuticos no corpo de profissionais das instituições.

O problema das infecções hospitalares no Brasil

Segundo a Anvisa, hábitos de higiene podem diminuir casos de infecção hospitalar. (Fonte: Shutterstock)
Segundo a Anvisa, hábitos de higiene podem diminuir casos de infecção hospitalar. (Fonte: Shutterstock)

De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), as infecções hospitalares matam cerca de 45 mil brasileiros por ano. Também conhecida como Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (Iras), essa complicação pode estar relacionada a doenças graves, intervenções médicas cirúrgicas e complicações a elas associadas.

A Iras se tornou um problema tão grande para o Brasil que em 1997 a Câmara Legislativa aprovou a Lei n. 9.431, que determina a obrigatoriedade da existência de uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e de um Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) dentro dos hospitais.

Essas infecções ocorrem, em sua maioria, pela propagação de microrganismos e colonização em pacientes e são facilitadas pelo uso indiscriminado e inadequado de antibiótico e pelos maus hábitos higiênicos de alguns profissionais de saúde.

Portanto, ter um profissional de saúde com conhecimentos assertivos para controlar a situação torna-se uma real necessidade no cotidiano dos hospitais

O papel do farmacêutico no controle das infecções hospitalares

Conhecimento sobre antimicrobianos torna farmacêuticos peça importante em hospitais. (Fonte: Shutterstock)
Conhecimento sobre antimicrobianos torna farmacêuticos peça importante em hospitais. (Fonte: Shutterstock)

Como funciona o controle de infecções hospitalares

Como o principal inimigo a se enfrentar no controle de infecções nos hospitais são os microrganismos resistentes, a presença de um farmacêutico com conhecimento em antimicrobianos no corpo médico é fundamental para auxiliar na escolha de germicidas para uso hospitalar.

O farmacêutico hospitalar deve participar ativamente na escolha dos antimicrobianos e dos agentes antissépticos, desinfetantes e esterilizantes a serem padronizados por toda a instituição, além de poder atuar em cursos e treinamentos para o restante da equipe, disseminando conhecimento e criando mecanismos de resposta imediata dentro do setor.

De acordo com uma pesquisa conduzida pela Faculdade de Ciências e Educação Sena Aires (Facesa), esses simples procedimentos já são suficientes para evitar altas taxas de infecções hospitalares e mortalidade, assim como diminuir o tempo de internações.

Por meio da presença constante de um farmacêutico nas CCIHs e PCIHs, é possível desencadear uma interação entre todos os membros e profissionais de saúde para combater esse grande problema que assola o cotidiano dos hospitais brasileiros e coloca a vida de milhares de pacientes em risco.

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Fontes: Facesa, Anvisa, Medicina S/A, EBSERH, Vida e Ação.

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