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8 sinais que podem indicar ansiedade em crianças

Transtornos de ansiedade são comuns na infância e na adolescência, afetando cerca de 10% a 15% da população nessa faixa etária, principalmente meninas. Embora a ansiedade seja uma emoção normal, um nível excessivo e persistente dela pode afetar negativamente o desempenho escolar e a vida social da criança.

A ansiedade não tratada na infância pode persistir na idade adulta, levando a uma ampla gama de problemas, como dificuldades de relacionamento, baixa autoestima, transtornos de humor e até dependência de substâncias nocivas. Portanto, é importante que pais e cuidadores estejam atentos aos sinais de ansiedade de filhos, inclusive em bebês.

Quais são os sinais de ansiedade em crianças?

Mudanças bruscas podem causar ansiedade em crianças. (Fonte: Monstera/Pexels/Reprodução)

Existem vários tipos de transtorno de ansiedade, cada um com características e sintomas específicos que podem se manifestar em diferentes idades. Entre eles estão transtorno de ansiedade de separação, fobia social, mutismo seletivo, transtorno de ansiedade generalizada, fobias específicas, transtorno do pânico e agorafobia.

Confira os oito principais indicativos do transtorno.

1. Distúrbios do sono

A dificuldade para dormir, a ocorrência de pesadelos e a diurese noturna (o “xixi na cama”) são indicativos de que a criança pode estar sofrendo de ansiedade. Como esses sinais podem ser confundidos com outros problemas, podem passar despercebidos.

2. Nervosismo

Se a criança está apresentando sinais de nervosismo excessivo e dificuldade para lidar com situações cotidianas, pode ser indicativo de ansiedade. Esses sintomas podem variar, mas geralmente incluem sentimentos de nervosismo, sobrecarga e apreensão.

3. Problemas físicos

Sensação de fraqueza, diarreia, dor no estômago e na cabeça são efeitos colaterais comuns de ansiedade entre crianças. Se os sintomas acontecem com frequência como uma desculpa para evitar a escola ou realizar outra atividade, pais e responsáveis devem ficar atentos.

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4. Dependência extrema

Separação dos pais pode causar ansiedade em crianças. (Fonte: Oskar Kadaksoo/Unsplash/Reprodução)

É normal que filhos tenham medo de ficar sozinhos, separados dos pais. No entanto, quando os episódios de choro ficam mais recorrentes, podem ser um indicativo de ansiedade da separação. Esse é o transtorno mais comum em crianças abaixo de 12 anos, segundo dados do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS).

5. Mudança nos hábitos alimentares

A alteração dos hábitos alimentares pode ser uma estratégia de crianças para o enfrentamento da ansiedade. Elas podem perder o apetite ou comer quando não estão com fome. Se houver mudança brusca na alimentação, pode ser um sinal do transtorno.

6. Falta de paciência

Acessos de raiva ou frustração podem ser resultado de pensamentos e sentimentos ansiosos. As crianças com ansiedade muitas vezes têm dificuldade para controlar os impulsos e esperar algo que desejam, o que pode levar a uma sensação de urgência constante e a uma dificuldade de lidar com a incerteza.

7. Dificuldade de concentração

Quando as crianças estão ansiosas, a mente delas fica ocupada com pensamentos e preocupações constantes, tornando difícil a concentração em tarefas ou atividades. Elas podem parecer distraídas, desorganizadas ou esquecidas. Além disso, a ansiedade pode fazer as crianças evitarem atividades que acham estressantes ou difíceis.

8. Baixa autoestima

A ansiedade infantil pode afetar a maneira como uma criança se vê e a percepção das próprias habilidades, levando a uma autoavaliação negativa. O transtorno também pode gerar preocupação excessiva com o julgamento dos outros, o que pode aflorar sentimentos de inadequação.

Quando procurar ajuda?

A ocorrência de um ou mais sinais de ansiedade não significa que a criança está sofrendo de ansiedade. De qualquer maneira, é um alerta importante para que pais ou responsáveis procurem pediatras ou psicólogos infantis para diagnosticar e, se for o caso, tratar a saúde mental dos filhos. Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maiores são as chances de prevenir complicações futuras e ajudar a criança a lidar com as emoções de forma saudável.

Fonte: Independent, Drauzio Varella, Hospital Albert Einstein

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