Doação de órgãos é essencial, porém ainda apresenta desafios no Brasil
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A doação de órgãos é um ato que pode salvar vidas, sendo muitas vezes a única esperança de quem aguarda um transplante. No Brasil, há mais de 50 mil pessoas na fila do sistema de saúde para serem transplantadas. A seguir, entenda como funciona esse processo e saiba quais são os passos necessários para ser doador de órgãos.
O transplante de órgãos é um procedimento cirúrgico que se caracteriza pela reposição de um órgão ou tecido de uma pessoa doente (receptor) por uma porção saudável proveniente de um doador (vivo ou morto).
No caso da doação de órgãos de pessoas já falecidas, de acordo com a Lei nº 9.434, de 1997, que dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante, o procedimento só pode ocorrer quando a morte encefálica do paciente é constatada pela equipe médica, que acontece quando há a perda completa e irreversível das atividades cerebrais, definida quando as funções corticais e do tronco cerebral cessam suas ações.
Para se tornar doador de órgãos, o primeiro passo é conversar com a família e deixá-la ciente de seu desejo, uma vez que a legislação brasileira só permite a realização de transplantes após a morte quando a família autoriza o procedimento.
Caso o doador tenha feito um registro legal em vida, sua vontade também pode ser aceita, mesmo que a família não autorize. No entanto, para isso, é necessária uma decisão judicial e que uma pessoa fique responsável por prezar pela vontade do doador.
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Há a possibilidade de doar órgãos em vida, desde que não haja prejuízo à própria saúde. Pela lei, parentes até quarto grau e cônjuges podem ser doadores; em caso de não parentes que desejem se submeter ao processo, é preciso ter autorização judicial.
Todos os órgãos doados vão para pacientes que precisam de transplante e estão aguardando em uma lista única definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado, sob o controle do Sistema Nacional de Transplantes (SNT).
Como mencionado, há dois tipos de doadores de órgãos: vivo e falecido. O primeiro grupo é composto de pessoas que concordam com a doação de órgãos e podem doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão.
Já os doadores falecidos são aqueles com morte encefálica, que têm órgãos ou tecidos em boas condições para transplante e tiveram a doação autorizada pela família após o falecimento — normalmente, por terem manifestado esse desejo em vida.
Os órgãos que podem ser doados são coração, fígado, pâncreas, pulmão e rim. Os tecidos que podem ser doados são córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue do cordão umbilical. Exclusivamente no caso da medula óssea, há cadastro e procedimento específicos que podem ser feitos pelo Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).
Fonte: REDOME, Ministério da Saúde, Governo de São Paulo, Hospital Oswaldo Cruz.