Jornada de trabalho menor pode reduzir número de mortes por questões cardíacas, melhorando o equilíbrio entre vidas pessoal e profissional
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Verdade seja dita: muitas pessoas não veem mais motivos para trabalhar oito horas diárias, cinco dias por semana ou mais. Isso porque, com tanto tempo dedicado à vida profissional, pouco sobra para cuidar de si, da família, da casa e de tudo mais que é preciso.
Com a adaptação ao cenário da pandemia de covid-19, empresas e iniciativas presentes no mundo todo passaram a debater a ideia da semana de trabalho com quatro dias, ação que melhoraria o bem-estar de colaboradores, de acordo com um estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O estudo inédito da OMS e da OIT, publicado em 2021, consiste na análise das consequências da exposição a expedientes com longas horas em 194 países entre 2000 e 2016. A conclusão é assustadora: estima-se que, em 16 anos, mortes por doenças cardíacas decorrentes de cargas horárias longas aumentaram 42%, enquanto mortes por acidente vascular cerebral (AVC) cresceram 19%.
O perfil das pessoas analisadas aponta maiores riscos para:
Como alternativa, o estudo indica que governos, empregadores e trabalhadores devem agir conjuntamente para assegurar o bem-estar no ambiente profissional.
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O estudo indica a importância de uma ação conjunta que implica nas seguintes condutas:
Empresas em diferentes países estão aplicando testes com a jornada reduzida, que pode funcionar de formas distintas, disponibilizando aos funcionários dias de folga às segundas, às quartas ou às sextas-feiras.
O início ou o fim da semana útil é geralmente escolhido como folga por dar a possibilidade de o trabalhador estender o fim de semana de dois dias para três dias, mas empresas que adotam as quartas-feiras indicam que a folga no meio da semana é vista como um alívio na rotina corrida e permite equilibrar melhor as vidas pessoal e profissional.
Independentemente de como funciona a dinâmica da semana reduzida, a premissa é a mesma: oferecer maior flexibilidade nos horários e nos dias de trabalhadores.
Além do estilo de vida mais saudável, uma jornada menor pode impactar diretamente na condição cardíaca e nas disposições física e mental de trabalhadores, justamente porque permite que possam organizar os dias disponíveis de acordo com as próprias necessidades.
Entre alguns benefícios dessa flexibilidade, estão:
Entretanto, é importante notar se a quantidade de atividades acompanha a jornada reduzida, evitando, assim, que trabalhadores fiquem exaustos tentando fazer caber todas as obrigações profissionais em um espaço de tempo menor.
Quer saber mais? Assista aqui a opinião dos nossos parceiros especialistas em Saúde.
Fonte: Organização Mundial da Saúde (OMS), Healthline, Walden University