Assistência médica pode ser beneficiada por meio de dispositivos conhecidos como Internet das Coisas
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Prevenir é melhor do que remediar. E, com o apoio da inteligência artificial, essa máxima fica mais palpável do que nunca. É por isso que Internet das Coisas Médicas (IoMT) pode ser a chave para diminuir ao máximo o adoecimento e a necessidade de intervenções desconfortáveis e caras.
Mas o que é a IoMT? Como ela se aplica no cuidado da saúde? Confira mais do assunto e veja como alguns dispositivos simples podem ser fundamentais na atenção ao tratamento de doenças crônicas e na manutenção do bem-estar.
A Internet das Coisas Médicas é a aplicação na Saúde visando uma nova realidade para diversas áreas, como a possibilidade de transmissão de dados em tempo real para dispositivos que armazenam, sistematizam e comunicam informações. Assim, enquanto médicos e outros profissionais da Saúde se concentram na clínica, a tecnologia cumpre a sua parte dando suporte à tomada de decisão.
Hoje, já é comum que o celular tenha softwares que indicam quantos metros uma pessoa anda por dia, certo? Bom, esse calculador de movimento é só o começo de um longo percurso de interação digital. Mais e mais aplicativos são desenvolvidos para permitir novas plataformas de monitoramento.
Se essa tendência já vinha de antes, o 5G a tornou definitiva ou, mais que isso, uma realidade, sobretudo desde a pandemia de covid-19. O novo marco de conectividade permite que não só a máquina de lavar ou o robô-aspirador possam ser acionados a distância pelo celular, mas que o próprio corpo seja investigado com a mesma facilidade. Assim, sair de casa para fazer exames pode virar algo do passado.
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Os smartwatches, ou relógios inteligentes, são um dos exemplos mais concretos da IoMT e eles podem ter vindo para ficar, sobretudo com o desenvolvimento gradual de novas aplicações.
Pense, por exemplo, em um paciente diabético com um histórico de infecções e inflamações. Seria prático e barato para ele, além de útil para sua equipe de saúde, que um artefato pequeno medisse a sua temperatura corporal, sua frequência cardíaca, sua pressão arterial, seu índice glicêmico, seu nível de sudorese e outros indicadores. Tudo em tempo real e com precisão.
A ideia não é substituir a atenção de médicos, enfermeiros e demais profissionais, mas sim ter um alerta em tempo real para que toda a população, em especial idosos e pessoas com doenças crônicas, possam procurar uma equipe de referência rapidamente.
O glaucoma é um exemplo de doença ocular que exige monitoramento constante. E se fosse possível haver um rastreamento em tempo real? Essa é a ideia das lentes de rastreamento clínico. Elas podem ou não funcionar como lentes corretivas comuns, mas contam com a verificação da pressão intraocular.
Inicialmente, esses dados podem ser um alerta para procurar o oftalmologista e checar a evolução da doença quando necessário, mas a ideia é que as próprias lentes possam funcionar como sensores online, ou seja, mais um exame a serviço do trabalho clínico.
Nesse sentido, essa ideia é semelhante ao que ocorre com os e-glasses. Afinal, se é preciso ficar com um dispositivo no rosto, seria ótimo aproveitá-lo para mais de uma função.
É possível que carros tenham aplicativos para tudo: mapas de geolocalização, música, dados climáticos, agenda telefônica e por aí vai. Então por que não cuidar da saúde quando estiver no volante?
Esse é mais um espaço que pode ser útil à IoMT. Assim como já é possível monitorar o nível de sono do motorista, outros indicadores também podem ficar sob avaliação de softwares.
Isso vale desde o acompanhamento do peso e da composição corporal, por meio de avaliações de bioimpedância no banco, até sensores no volante capazes de medir frequência cardíaca, pressão arterial e outros dados.
Todas essas aplicações são fantásticas, mas elas levam ao mesmo lugar: como lidar com as informações? Como as tornar efetivamente úteis? A IoMT não é apenas um problema técnico, e sim algo que precisa de um novo arranjo na governança do cuidado em saúde. Afinal, esses dados todos precisam chegar a algum profissional, que faça uma leitura dos indicadores e uma interpretação inicial do que está sendo apontado.
Nesse sentido, o desafio está no fato de que boa parte da população não é tratada pelos mesmos profissionais ao longo da vida, entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e outros. Mas mesmo quando isso acontece, há um grande número de médicos que acompanha o mesmo paciente: cardiologistas, oftalmologistas, endocrinologistas e gastroenterologistas, por exemplo.
Por isso, parece que a IoMT ganha ainda mais sentido com uma coordenação do cuidado, como a que propõe a Medicina de Família e Comunidade. Nela, uma equipe de referência (aqui entram profissionais de enfermagem, dentistas e agentes comunitários de saúde) recebe dados e os usa para o monitoramento da população coberta por ela — de quebra, ainda ganha dados mais precisos para outros serviços, como vigilância epidemiológica.
Quer saber mais? Assista aqui à opinião de nossos parceiros especialistas em Saúde.
Fonte: Nexto, Grupo Hygea