O que é prevenção combinada contra ISTs e como utilizá-la? - Summit Saúde

O que é prevenção combinada contra ISTs e como utilizá-la?

2 de janeiro de 2022 4 mins. de leitura

A prática recomenda diferentes formas de prevenção contra todas as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)

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As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são causadas por vírus, bactérias e outros microrganismos. Entre as mais conhecidas pela população brasileira, estão o HIV (sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana), sífilis, gonorreia, herpes genital, HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano), hepatites e clamídia

Todas essas infecções são transmitidas pelo contato sexual, seja oral, seja vaginal ou anal. Além disso, é comum que as ISTs sejam transmitidas de mãe para filho durante a gestação, o parto ou a amamentação. No caso do HIV, é possível se infectar através de agulhas e seringas infectadas.

São várias as práticas de prevenção contra as ISTs. Entretanto, uma prática tem sido incentivada e compartilhada por especialistas, órgãos de saúde e pelo governo: a prevenção combinada.

O combate ao HIV é uma das principais missões da prevenção combinada. (Fonte: Shutterstock/RAJ CREATIONZS/Reprodução)
O combate ao HIV é uma das principais missões da prevenção combinada. (Fonte: Shutterstock/RAJ CREATIONZS/Reprodução)

O que é prevenção combinada?

O principal foco da prática é, segundo o site da Prefeitura de São Paulo, enfrentar a epidemia do vírus da imunodeficiência humana (HIV), expandindo as maneiras como os indivíduos podem se prevenir contra o vírus. Entretanto, ela também serve para combater outras ISTs, como a hepatite, sífilis e HPV.

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Por conta disso, a prevenção combinada é uma ótima opção de conscientização e prevenção geral de infecções sexualmente transmissíveis. A estratégia trabalha de forma simultânea com três abordagens de intervenção: a biomédica, a comportamental e a estrutural. 

Entre as práticas incentivadas pela estratégia, estão: 

  • uso de preservativos masculinos e/ou femininos;
  • uso de gel lubrificante;
  • testagem para ISTs; 
  • profilaxias pré e pós-exposição ao HIV;
  • vacinação contra o HPV e hepatite B;
  • diagnóstico, tratamento e prevenção da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatite B;
  • tratamento antirretroviral (TARV) para todas as Pessoas Vivendo com HIV/Aids (PVHA).

Algumas formas de fomentar o uso e as práticas acima são por meio da distribuição gratuita de preservativos, gel lubrificantes e vacinas para a imunização contra as doenças, ações que são características do Brasil. 

O Sistema Unificado de Saúde (SUS) também oferece, gratuitamente, testagem e diagnóstico, feito por exames laboratoriais ou testes rápidos, de algumas ISTs, como sífilis, HIV e as hepatites B e C. Eles podem ser realizados na rede pública de saúde ou nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).

Representação gráfica das estratégias de prevenção combinada. (Fonte: Ministério da Saúde/Reprodução)
Representação gráfica das estratégias de prevenção combinada. (Fonte: Ministério da Saúde/Reprodução)

Público-alvo da prevenção combinada

Segundo o Ministério da Saúde, as estratégias da prevenção combinada têm dois públicos-alvo: as populações-chave e prioritárias. 

As populações-chaves recebem esse nome porque são os segmentos mais atingidos pelas epidemias de ISTs. Normalmente, isso é uma consequência da vulnerabilidade social da qual sofrem, o que intensifica a importância da prevenção combinada para eles. São parte desse grupo:

  • homossexuais;
  • homens que fazem sexo com homens (HSH);
  • pessoas trans;
  • usuários de álcool e outras drogas;
  • encarcerados;
  • trabalhadoras do sexo.

As populações prioritárias são outro enfoque da prevenção combinada, fazendo parte desse grupo população de adolescentes e jovens, negros, indígenas e pessoas em situação de rua. 

Elas fazem parte do público-alvo porque “possuem caráter transversal e suas vulnerabilidades estão relacionadas às dinâmicas sociais locais e às suas especificidades”, segundo publicação no site do Ministério da Saúde.

Fonte: Ministério da Saúde, Prefeitura de São Paulo, UNAids, Vivendo a Adolescência.

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