Tomografia e ressonância magnética: você sabe a diferença?

27 de fevereiro de 2023 4 mins. de leitura
Ambos os exames são capazes de produzir imagens de alta qualidade e precisão em procedimento não invasivo e indolor

Ressonância magnética (RM) e tomografia computadorizada (TC) são exames de imagem usados para visualizar partes internas do organismo de maneira não invasiva. Nesse sentido, ambos são procedimentos indolores, seguros e facilitadores de uma série de diagnósticos clínicos, mas, embora tenham propósitos parecidos, não são a mesma coisa, a começar pelo aparelho de realização do exame.

A tomografia é feita em uma máquina que tem como base um tubo giratório que emite feixes de raios X. Já o equipamento da ressonância magnética conta com um campo magnético e ondas de rádio que provocam reações nos átomos de hidrogênio presentes no organismo e permitem a captação de imagens.

Outro ponto é que, para realizar a tomografia computadorizada, a pessoa precisa ingerir um contraste iodado que pode provocar reações adversas, enquanto a ressonância exige a ingestão de um contraste à base de gadolínio, que raramente causa efeitos colaterais.

Em razão das particularidades, portanto, cada exame tem indicações diferentes.

O que se pode ver na tomografia?

A partir da junção da tecnologia de raio X com computadores capazes de produzir imagens de altíssima qualidade, a tomografia permite a análise de órgãos, ossos, estruturas e tecidos internos. Sendo assim, é um exame que possibilita diagnosticar inúmeras doenças e alterações do corpo, tais como:

  • acidente vascular cerebral (AVC);
  • hemorragias internas;
  • aneurismas;
  • derrames;
  • edema cerebral;
  • pneumonia;
  • perfuração intestinal;
  • infarto do miocárdio (ataque cardíaco);
  • fraturas de qualquer tipo;
  • nódulos e tumores.
Nas imagens emitidas pela tomografia, é possível identificar condições clínicas como AVC. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

O que é ressonância magnética?

A ressonância magnética é um exame altamente avançado de imagem que permite a investigação de traumas, doenças neurológicas, ortopédicas, cervicais, cardíacas e da cavidade abdominal. Também é indicada para diagnóstico de tumores, doenças degenerativas (como Parkinson e Alzheimer) e coágulos sanguíneos.

Trata-se, ainda, de um procedimento que é frequentemente solicitado por equipes médicas para identificar casos de esclerose múltipla e tumor cerebral e na glândula pituitária (hipófise). Além de ser útil para analisar outras condições específicas, como:

  • infecções no cérebro;
  • infecções nas articulações;
  • infecções na medula espinhal;
  • tendinite;
  • derrame em estágio inicial;
  • rompimento de ligamentos em geral.

O que é melhor: tomografia ou ressonância magnética?

Não há como definir um dos dois exames como melhor, pois são procedimentos diferentes, cuja indicação varia conforme o que o médico deseja ver na imagem.

A tomografia computadorizada oferece imagens horizontais e em três dimensões (3D), sendo normalmente solicitada para diagnósticos mais simples ou focados em análise óssea. Já a ressonância magnética caracteriza tecidos muito bem, diferenciando água e gordura e permitindo diagnósticos mais complexos e detalhados.

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Qual é a vantagem da ressonância magnética para a tomografia?

Embora não exista melhor ou pior ao se comparar os dois procedimentos, pode-se dizer que há, sim, uma vantagem da ressonância em relação à tomografia. O fato é que ela tem capacidade de gerar imagens nítidas sem que seja necessário o uso de radiação ionizante (raio X), como no caso de outros exames de imagem radiológicos.

Dessa forma, evita-se alguns efeitos colaterais desagradáveis causados pelo corante de iodo e o procedimento se torna acessível a grupos que não devem ser expostos a raio X, como gestantes e puérperas.

Gestantes em início da gravidez, com recomendação médica, podem ser submetidas à ressonância magnética. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Fonte: CEDUSP, Telemedicina Morsh, Laboratório Exame, Summit Saúde, Ressoar, Doctoralia

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