Uma das vantagens do UroLift é a manutenção das funções sexuais do paciente
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Urologistas do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), realizaram pela primeira vez uma cirurgia inovadora para o tratamento da próstata aumentada, problema que pode atingir até 70% dos homens com mais de 70 anos. O procedimento, ocorrido no dia 12 de julho, envolveu uma técnica que chegou ao Brasil há quatro meses.
O UroLift tem como diferencial a manutenção da função sexual nos pacientes com hiperplasia prostática benigna (HPB). A condição afeta a qualidade de vida dos indivíduos, que normalmente apresentam os primeiros sinais entre 40 e 50 anos.
Com o aumento da glândula, o homem sente uma maior necessidade de urinar, ao mesmo tempo que o jato urinário perde força. Demora para começar a micção, sensação de que a bexiga não foi totalmente esvaziada e urgência para urinar são alguns dos outros sintomas da HPB, que agora tem uma nova opção de tratamento.
“Ao contrário da cirurgia convencional, em que há riscos de complicações e o uso de diversos medicamentos com efeitos colaterais, essa nova técnica é minimamente invasiva, tem rápido processo de recuperação, viabiliza a retomada de atividades, permite a recuperação da qualidade de vida do paciente e não gera disfunções sexuais”, explicou o urologista Sandro Faria ao site do hospital.
Alternativa aos medicamentos para tratar a HPB, o UroLift consiste na colocação permanente de pequenos implantes na região da próstata aumentada. Com isso, é possível manter o alargamento da uretra prostática, abrindo o caminho bloqueado pelo crescimento da glândula, que leva à limitação do fluxo urinário.
Considerado simples e capaz de aliviar os problemas causados pelo aumento da glândula, o procedimento feito no paciente de 50 anos em Campinas dura, em média, 20 minutos e permite ter alta no mesmo dia, na maioria dos casos. A recuperação é rápida, em geral.
O método também surge como opção para quem não quer se submeter às cirurgias convencionais para o tratamento da HPB, devido aos riscos de complicações e efeitos adversos associados a elas. Além disso, a novidade não causa disfunção erétil ou ejaculatória sustentada.
Indicado para homens a partir dos 50 anos, o UroLift pode apresentar efeitos colaterais temporários, como sangue na urina, dor, queimação ou outro tipo de desconforto após o ato de urinar, dor pélvica e urgência miccional, que desaparecem em pouco tempo. Infecção e sangramento são efeitos considerados raros e exigem intervenção.
Com tamanho e formato semelhantes aos de uma noz, a próstata fica abaixo da bexiga, envolvendo a região superior da uretra, por onde passa a urina. Ela tem como principal função produzir um líquido que compõe o sêmen, secretado durante a ejaculação.
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Essa glândula cresce com o avançar da idade, e podem aparecer problemas urinários que, se não tratados, afetam a bexiga e os rins. No procedimento convencional, parte do tecido dela é removido para desobstruir o canal urinário, o que não acontece no UroLift, havendo chance de provocar a infertilidade masculina.