UTIS: exames a distância podem reduzir readmissão de pacientes

16 de junho de 2021 3 mins. de leitura
Dispositivos tecnológicos podem diminuir em até 33% o índice de readmissão de pacientes em UTIs pediátricas

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Devido à pandemia da covid-19, a acessibilidade dos usuários a consultas foi comprometida, uma vez que o isolamento social foi uma das medidas utilizadas por muitas cidades brasileiras para impedir a disseminação do novo coronavírus. Consequentemente, a telemedicina foi uma das saídas utilizadas pelos profissionais da saúde para que os pacientes não ficassem sem atendimento.

Em outros países, como os Estados Unidos, a telemedicina já era utilizada antes mesmo da pandemia. Em 2019, segundo a American Medical Association (AMA), 15% dos médicos que atuavam em consultórios médicos já utilizavam esse modelo. Apesar disso, no Brasil, seu uso foi liberado apenas no início da pandemia pelo Ministério da Saúde, em março de 2020, em caráter emergencial.

Realização de exames a distância

A startup israelense TytoCare desenvolveu um kit tecnológico portátil que permite a realização de exame físico em qualquer lugar. (Fonte: Sillicon canals/Reprodução)
A startup israelense TytoCare desenvolveu um kit tecnológico portátil que permite a realização de exame físico em qualquer lugar. (Fonte: Sillicon canals/Reprodução)

De acordo com o webinar Telemedicina e dispositivos que auxiliam no exame físico remoto: futuro ou realidade?, realizado pelo Instituto Pensi no dia 27 de abril, a nova tecnologia da TytoCare é uma ferramenta de diagnóstico que vem sendo utilizada a distância na área da Pediatria e consiste em um kit portátil que permite a realização de exames médicos remotos de pulmão, coração, garganta e ouvidos.

Os resultados parciais de um estudo clínico em andamento do dispositivo divulgado pelo Hospital Pequeno Príncipe, mostrou que há concordância nos resultados em mais de 90% dos casos na comparação de exames de ausculta do coração feitos presencialmente com equipamentos padrão ouro com exames feitos por teleconsulta por meio do novo dispositivo. 

Além disso, um estudo feito pelo Advocate Children’s Hospital mostrou que o uso de dispositivos para monitoramento permitiu a diminuição do tempo de permanência de bebês prematuros na UTI. Desse modo, também foi analisada a redução em 33% do índice de readmissão na UTI de pacientes pediátricos, representando quase US$ 10 mil de economia por mês. 

A telemedicina no apoio à saúde

A tecnologia é uma aliada importante para os profissionais da saúde na manutenção dos atendimentos. (Fonte: Freepik/Dragonimages/Reprodução)
A tecnologia é uma aliada importante para os profissionais da saúde na manutenção dos atendimentos. (Fonte: Freepik/Dragonimages/Reprodução)

A expectativa é que o modelo da telemedicina permaneça mesmo depois do fim da pandemia. Para a deputada federal Adriana Ventura, autora da Lei nº 13.989, que autoriza a telemedicina durante a pandemia, a telessaúde é uma democratização do acesso à saúde e também reduz custos para o sistema. 

Entre março e julho de 2020, o TeleSUS realizou 74 milhões de atendimentos. Para representantes do setor da saúde, como José Luiz Egydio Setúbal, responsável pela instituição mantenedora do Instituto Pensi, e Ary Ribeiro, CEO do Sabará Hospital Infantil, a telemedicina tem uma função importante para incentivar o autocuidado e a equidade no atendimento às demandas da sociedade. 

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Fonte: Healthexec, Ministério da Saúde, Silicon Canals, Saúde Business, TytoCare.

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