Cirurgia plástica: qual é a finalidade dos simuladores 3D?

27 de setembro de 2020 4 mins. de leitura
Aparelhos usam software de precisão para simular resultados de procedimentos estéticos e trazer segurança aos pacientes

O Brasil é o país que mais realiza cirurgias estéticas no mundo todo, de acordo com a pesquisa feita pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS). Em 2018, foram mais de 1,49 milhão de procedimentos cirúrgicos em território brasileiro.

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Além disso, a nação sul-americana alcançou a marca de 969 mil procedimentos não cirúrgicos naquele ano, o que demonstra como os brasileiros se importam com a aparência. Por se tratar de um tópico que mexe, principalmente, com a autoestima da população, como a medicina tem progredido para aprimorar os resultados?

O surgimento de novas tecnologias nesse setor da saúde foi o responsável pela criação dos simuladores 3D. Esses aparelhos prometem revolucionar o mercado e demonstrar aos pacientes os possíveis resultados de um procedimento estético no futuro. 

Como funciona o simulador 3D? 

Simuladores 3D conseguem antecipar possíveis resultados de procedimentos estéticos. (Fonte: Shutterstock)
Simuladores 3D conseguem antecipar possíveis resultados de procedimentos estéticos. (Fonte: Shutterstock)

Rinoplastia, implantes de silicone, lipoaspiração e redefinição de contornos corporais são todos procedimentos que demandam cuidado pela equipe médica e, sobretudo, planejamento. Portanto, por mais que um paciente queira um resultado rápido, é preciso paciência para evitar uma conclusão indesejada.

Antes que qualquer passo seja tomado, a pessoa que pretende ser operada deverá ir até o consultório médico, onde a cirurgia será mapeada. Nesse momento, os simuladores 3D aparecem como grandes facilitadores para os cirurgiões plásticos.

Através de softwares de precisão o aparelho consegue computadorizar todas as hipóteses do resultado final de um procedimento. Dessa forma, os médicos conseguem demonstrar aos pacientes o melhor caminho para suas expectativas e necessidades.

Os implantes de mama exemplificam bem como tudo isso ocorre. Nesse caso, a ferramenta compara os diversos cenários da operação, exemplificando as opções de tamanho e formatos para o seio.

Educando os pacientes

Os simuladores 3D são parte de um programa que expõe toda a complexidade de uma cirurgia plástica. Por meio dessa plataforma, os médicos podem alertar seus pacientes sobre expectativas irrealistas.

Cada procedimento estético esbarra em certo tipo de limitação, seja ela clínica ou prática. É por isso que esse tipo de aparelho funciona como um educador para a população e evita que uma pessoa se sinta frustrada por gastar dinheiro em um possível sonho inalcançável.

Qual é o custo de um simulador 3D?

Assim como outras novidades no mercado, a experiência de ter um simulador 3D dentro do consultório pode demandar um investimento alto. As edições mais sofisticadas custam em torno de R$ 200 mil, podendo ser alugadas com custo médio de R$ 20 mil por mês.

O que mais eleva o impacto orçamentário desses aparelhos são os custos operacionais. Os softwares mais caros trabalham com uma curva de aprendizado e podem necessitar de um a dois auxiliares para lidar com sua utilização no dia a dia. 

A curva de aprendizado permite ao programa analisar as ações prévias de um cirurgião e armazenar as principais informações de um procedimento dentro do seu banco de dados, o que eleva a complexidade da simulação. As versões mais baratas do software não costumam ter esse recurso embutido, mas também não entregam o mesmo resultado.

Tecnologia 3D na medicina

Tecnologias 3D têm ajudado na formação de futuros médicos em cem universidades brasileiras. (Fonte: Shutterstock)
Tecnologias 3D têm ajudado na formação de futuros médicos em cem universidades brasileiras. (Fonte: Shutterstock)

Desde 2019, são mais de cem instituições de ensino que utilizam simuladores 3D para aprimorar o aprendizado de alunos de Medicina pelo Brasil. A Plataforma Multidisciplinar 3D, como também é chamada, costuma substituir o uso de cadáveres nas aulas de Anatomia.

Essa ferramenta trabalha como um simulador digital para o treinamento cirúrgico e de dissecação. A tecnologia foi desenvolvida pela empresa brasileira Csanmek e também é utilizada em outros países como Estados Unidos, México, Peru, China, Filipinas e Polônia.

O simulador permite que os estudantes estudem casos clínicos reais através de uma mesa que exibe modelos tridimensionais extremamente detalhados, contribuindo para que esses profissionais cheguem ao mercado de trabalho muito mais preparados.

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Fontes: Peb Med, A Cidade On, Anahp, SBCP, Portal Hospitais do Brasil, Shutterstock.

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