Uma pesquisa revela que apenas 7% procuram ajuda médica quando apresentam dificuldade para dormir
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A insônia ou dificuldade para dormir é um problema que atinge pessoas de todas as idades e classes sociais. Apesar de ser um problema comum, que afeta concentração e memória, além de aumentar o risco de hipertensão, doença coronariana, diabetes e câncer, poucas pessoas procuram o diagnóstico correto e, em consequência, seu tratamento.
Essa é a principal conclusão de uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), sob encomenda da biofarmacêutica Takeda, que procurou mapear a qualidade do sono dos brasileiros e a busca dessas pessoas por ajuda médica. A pesquisa Mapa do Sono dos Brasileiros realizou 2.635 entrevistas no Brasil com homens e mulheres maiores de 18 anos, das classes A, B e C.
O estudo aponta que 65% dos brasileiros têm baixa qualidade de sono. Entretanto, somente 7% das pessoas nessa condição procuram profissionais médicos quando têm dificuldades para dormir. A pesquisa revelou ainda que 34% dos entrevistados afirmam ter insônia, porém apenas 21% declararam ter o diagnóstico da doença.
Antes de procurar ajuda profissional, as pessoas que responderam à pesquisa afirmaram que, para enfrentar as dificuldades com o sono, procuram tentar dormir e acordar no mesmo horário ou mais cedo e, ainda, ter uma alimentação mais saudável. A busca pelo médico ficou à frente apenas para parar de beber ou fumar e reduzir medicamentos.
Apesar da baixa procura por médicos, a maioria dos entrevistados (83%) do Mapa do Sono dos Brasileiros reconhece que a insônia é uma doença. Entretanto, 77% dessas pessoas afirmam que o distúrbio é consequência de outras enfermidades, ou seja, desconhecem insônia como doença específica que precisa de tratamento.
A insônia é um distúrbio do sono comum. Problemas para adormecer, permanecer dormindo ou ter um sono de boa qualidade podem ocorrer mesmo com o tempo e o ambiente adequados para dormir bem. A insônia interfere em suas atividades diárias e pode fazer você se sentir insatisfeito ou sonolento durante o dia.
Os distúrbios de sono de curto prazo podem ser causados por estresse ou mudanças em sua programação ou ambiente. Podem durar alguns dias ou até semanas. A insônia crônica (de longo prazo) ocorre três ou mais noites por semana, dura mais de três meses e não pode ser totalmente explicada por outro problema de saúde ou medicamento.
O paciente pode ter um risco maior de insônia devido à idade, ao histórico familiar, à genética, ao ambiente de trabalho e ao estilo de vida, que pode gerar estresse ou preocupação.
Em curto prazo, a insônia pode dificultar a concentração ou o raciocínio claro, causando irritação, tristeza, cansaço e dores de cabeça. A insônia crônica pode afetar o funcionamento do cérebro, do coração e de outras partes do corpo, aumentando o risco de problemas respiratórios, cardíacos, de saúde mental e, inclusive, do sistema imunológico.
Para diagnosticar a insônia, o médico deve investigar os hábitos de sono e o estilo de vida do paciente, podendo ser solicitado um diário do sono, que ajudará o médico a entender o problema que está ocorrendo.
Além de descobrir seu histórico, o médico pode solicitar exames diversos, como um estudo do sono, para identificar distúrbios do ritmo circadiano, apneia e narcolepsia; uma actigrafia, na qual é usado um pequeno sensor de movimento para avaliar a qualidade do descanso; e exames de sangue para verificar problemas na tireoide e outras condições que podem afetar o sono.
O tratamento para os distúrbios que abrangem a dificuldade para dormir envolve mudanças de estilo de vida e em especial aquelas que se referem à higiene do sono, como evitar cafeína, nicotina ou álcool e apresentar uma rotina para dormir. Além disso, também podem ser recomendadas terapias para a insônia, como a cognitivo-comportamental, e também vários medicamentos.
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Fontes: Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (NHLBI), Medicina SA, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Takeda.