Confira a posição da Anvisa quanto à redução do intervalo de aplicação da dose de reforço da covid-19
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No Brasil, segundo as orientações do Ministério da Saúde, a dose de reforço da vacina contra a covid-19 está disponível para aplicação em pessoas a partir de 18 anos, respeitando um intervalo de cinco meses contados a partir da data de recebimento da segunda dose dos imunizantes da AstraZeneca, Pfizer ou Coronavac.
A única exceção é para a vacina da Janssen, já que a indicação é que o reforço aconteça dois meses após a dose única.
Entretanto, em alguns estados brasileiros — como São Paulo — decidiram antecipar a dose de reforço para aqueles que receberam qualquer uma das três primeiras opções citadas anteriormente, reduzindo o período entre as aplicações para quatro meses.
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Mas será que essa medida é segura ou a redução do intervalo pode causar problemas à saúde? Como funciona a dose de reforço em outros países? É o mesmo prazo que no Brasil? Confira.
De acordo com as informações disponibilizadas pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC), nos Estados Unidos, o intervalo da vacina de reforço é de 6 meses após a segunda dose. Além disso, adolescentes de 16 e 17 anos podem tomar o reforço com o imunizante da Pfizer.
Já na Austrália, o período padrão entre as doses é de seis meses, mas devido à variante ômicron, em circunstâncias excepcionais, o prazo pode ser reduzido para cinco meses. Por exemplo, no caso de pessoas que fazem parte do grupo de risco de desenvolvimento de sintomas graves da covid-19.
O governo da Nova Zelândia orienta o intervalo de, no mínimo, 6 meses entre o recebimento da dose de reforço e a data de finalização do esquema vacinal primário. Sendo assim, muitos países adotam o tempo de espera de 6 meses entre a segunda dose e a aplicação do reforço.
De acordo com uma nota divulgada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), diversos estudos científicos apontam que a partir de 6 meses da imunização completa ocorre uma redução no nível de defesa fornecido pelas vacinas contra a covid-19, principalmente entre os idosos e pessoas com baixa imunidade.
Por isso, a orientação do órgão é que uma injeção de reforço do imunizante da covid-19 seja aplicado a partir de 6 meses após a segunda dose a fim de garantir a proteção.
Nesse sentido, a Anvisa afirma que o reforço demonstra ser uma opção eficaz para aumentar a resposta imunológica do organismo. Além disso, até agora, o recebimento de uma terceira dose é uma alternativa segura, apresentando efeitos adversos semelhantes aos das aplicações anteriores.
Entretanto, a agência não recomenda a “padronização generalizada” do intervalo de 5 meses e afirma que não sabe “se os benefícios superam os riscos para o uso de reforço no intervalo de 4 meses”, já que a redução do tempo “pode favorecer o aumento e o aparecimento de reações adversas desconhecidas”.
Fonte: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Governo do Brasil, Governo de São Paulo, (CDC) Centers for Disease Control and Prevention, Governo da Austrália, Governo da Nova Zelândia.