Estado de SP: mortes por covid-19 seguem em queda

17 de setembro de 2020 5 mins. de leitura
Médias diárias de mortes e casos por covid-19 no Estado de São Paulo são as menores registradas desde maio, quando a pandemia começou a ganhar força no Brasil

As médias diárias de mortes de covid-19 registradas pelo Estado de São Paulo caíram pela quinta semana consecutiva, anunciou o governo estadual. Os números indicam que há uma retração da pandemia, mas medidas de prevenção devem continuar para evitar uma nova onda de contágio pelo coronavírus. Até o dia 16 de setembro, foram contabilizados 909.428 casos da doença e 33.253 mortes no Estado.

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A média diária estadual de novos óbitos provocados pelo Sars-CoV2 ficou em 179 casos durante a semana entre 6 e 12 de setembro, segundo a Secretaria de Estado da Saúde. O número representa uma diminuição de 8,7% em comparação à semana anterior, de 30 de agosto a 5 de setembro. A média é a menor registrada desde meados de maio.

As informações da Secretaria de Saúde mostram, ainda, uma redução na média diária de novos casos confirmados pela quarta semana consecutiva. Entre 6 e 12 de setembro, a média foi de 5.372 infecções registradas por dia; na semana epidemiológica anterior, eram registrados 7.380 novos casos por dia. Isso representa uma queda de 27,2% entre as duas semanas.

As internações por conta de infecções por coronavírus também tiveram redução. A média diária na segunda semana de setembro foi de 1.303 registros, um número 8,2% menor que o do período imediatamente anterior. A média estadual de hospitalizações em decorrência da pandemia ficou em 50,2%, a mais baixa das últimas 18 semanas e o menor índice desde o início da crise sanitária, em março.

Números regionais

Todos os 645 municípios registraram pelo menos uma pessoa infectada, sendo que 557 tiveram um ou mais óbitos. Entretanto, de acordo com o governo, os números médios de casos, internações e mortes regionais confirmam a tendência estadual de controle da pandemia em São Paulo.

Os registros regionais da capital, Grande São Paulo, interior e Baixada Santista mostram queda das médias diárias há praticamente quatro semanas sucessivas. O interior e a Baixada Santista tiveram queda de 25% em casos, 15% em óbitos e 7% nas internações. Na Grande São Paulo, o índice de ocupação de leitos de UTI é de 49,8%. São 4.426 pacientes internados em UTI, entre casos confirmados e suspeitos. Em leitos de enfermaria, são 5.826 pacientes internados.

Segundo o governo estadual, a redução de números reflete, entre outras coisas, as medidas de controle que vêm sendo realizadas. São Paulo já fez 4,2 milhões de testes, uma média 96 testes a cada 100 mil habitantes.

Vacina contra covid-19

Valores de doações foram divulgadas pelo Governo de São Paulo em coletiva de imprensa. (Fonte: Governo de SP/Divulgação)
Valores de doações para combate à pandemia foram divulgados pelo Governo de São Paulo em coletiva de imprensa. (Fonte: Governo de SP/Divulgação)

O governo do Estado também afirmou que já arrecadou R$ 1,1 bilhão em doações para o enfrentamento da pandemia. A meta de arredação é de R$ 1,5 bilhão. Os recursos, que foram doados por 260 entidades e empresas, serão destinados para as áreas de saúde e proteção social.

Desses recursos, R$ 97 milhões em doações foram arrecadados para a obra de ampliação da fábrica do Instituto Butantã, que será responsável pela produção da vacina contra o novo coronavírus. Porém, para possibilitar a fabricação a partir do dia 1o de novembro, são necessários R$ 160 milhões no total.

O Instituto Butantã produzirá a vacina coronavac, uma parceria com a chinesa Sinovac Biotech. A imunização vem sendo testada em 9 mil voluntários em todo o Brasil. “Até dezembro, teremos 46 milhões de doses da vacina e mais 15 milhões até março do ano que vem. Essas 61 milhões estão asseguradas e dependem exclusivamente do governo do Estado de São Paulo. Mas estamos trabalhando junto ao Ministério da Saúde para que tenhamos 100 milhões de doses no que vem”, afirmou o governador João Dória em coletiva de imprensa.

Medidas preventivas devem continuar

Funcionário medindo febre de mulher com termômetro digital
As medidas de controle contra o coronavírus continuam até a distribuição da vacina acontecer. (Fonte: Shutterstock)

Apesar da queda sólida nos registros de mortes e novos casos de coronavírus, as medidas preventivas, como uso de máscara, distanciamento social e higienização das mãos, devem continuar. “Estamos em quarentena e devemos permanecer até a chegada da vacina que nos imunizará e nos protegerá definitivamente”, afirmou o governador.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o relaxamento das medidas de prevenção pode causar um novo crescimento dos números da pandemia. A entidade voltou a registrar outras ondas de contaminação em vários países europeus, em especial França e Espanha, que já tiveram a crise sanitária controlada. Caso a propagação do coronavírus continue, o mundo pode voltar ao ápice da pandemia, registrado entre março e abril, alerta a OMS.

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Fontes: Estadão, Governo do Estado de São Paulo.

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