A partir de 1º de abril, remédios devem ficar mais caros, com reajustes proporcionais à inflação
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Como todos os anos, os brasileiros devem se deparar com um aumento no preço dos remédios no início de abril. De acordo com a previsão apresentada pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), o reajuste anual dos valores entrará em vigor em 1º de abril.
O percentual de alta ainda não foi divulgado pela CMED, mas uma análise realizada pelo banco Citi Brasil apresenta expectativa de reajuste em cerca de 10%. Um levantamento feito pelo Sindicato do Comércio Varejista dos Produtos Farmacêuticos do Estado do Ceará (Sincofarma-CE) prospecta alta entre 10% e 13% para 2022.
As estimativas apresentadas seguem a tendência do ano passado, quando os medicamentos tiveram o valor de mercado aumentado em 10,6% e a inflação era de 4,52%.
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O valor é proposto e aprovado por meio de uma conta feita pelo Comitê Técnico-Executivo da CMED, órgão vinculado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os índices que entram na matemática para definir a correção são o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e outros três fatores, que são chamados de X, Y e Z.
O IPCA é referente ao valor da inflação que atingiu os brasileiros entre março de 2021 e fevereiro de 2022. O fator X é calculado a partir do nível do índice de produtividade farmacêutico, que mede uma estimativa dos ganhos e dos lucros das empresas que fazem parte do setor no Brasil. O fator Y faz uma análise do impacto de produtos entre setores. Por fim, o fator Z se refere ao ajuste de preços relativos intrassetor.
No início do ano, o comitê do CMED definiu em zero os valores dos fatores X e Z para este ano, tentando evitar uma alta descomunal. De acordo com a Anvisa, os preços tabelados pelo governo visam impedir um superfaturamento na venda dos medicamentos, sendo proibido cobrar acima do valor estipulado pelo CMED.
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) apresentou, no ano passado, algumas alternativas para as pessoas economizarem na hora de comprar os remédios. Essas dicas também podem ser aproveitadas na situação atual.
A principal ideia é pesquisar descontos e comparar preços. Os valores de alguns medicamentos variam de farmácia para farmácia, e com uma boa pesquisa é possível encontrar aquela que está mais em conta.
Em certos casos, a Farmácia Popular é a melhor alternativa, já que oferece alguns remédios de tratamento contínuo de maneira gratuita e opções com até 90% de desconto. Outra dica é comprar genéricos, que funcionam da mesma maneira que o remédio referência ou original — a única diferença é que a farmacêutica tem o direito sobre a patente do medicamento.
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Fonte: Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, Diário do Nordeste.