Levantamento realizado pela empresa Ticket demonstrou que 3 em cada 10 pessoas deixou fazer check-up no último ano
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A pandemia da covid-19 é, prioritariamente, uma crise de saúde. Isso se reflete de forma direta nos hábitos de prevenção e cuidado dos brasileiros, como mostra uma pesquisa publicada em fevereiro pela Ticket/Edenred, empresa de benefícios de alimentação.
Cerca de 80% dos mais de mil respondentes ao questionário disseram que foram a pelo menos uma consulta médica no último ano desde o início da emergência sanitária.
Contudo, esses atendimentos tiveram muito pouco a ver com a prevenção: 31% dos participantes afirmaram que fizeram check-ups com menos frequência por causa da pandemia; outros 28% não realizaram sequer uma consulta ou exame de prevenção. Em resumo, mais da metade dos pesquisados teve sua rotina de cuidados alterada.
Apesar disso, os bons hábitos continuam em dia: 79% dos participantes disseram que mantêm um estilo de vida ideal para continuar com saúde — algo indispensável nessa atual conjuntura.
Por mais que 80% das pessoas que participaram da pesquisa tenham dito que foram a consultas médicas, observa-se que a telemedicina teve pouca influência para esse indicador: 8% utilizaram o método em conjunto com os atendimentos presenciais e apenas 4% recorreram às consultas virtuais.
A maioria, 68%, foi a espaços físicos, como clínicas e consultórios. A pesquisa não especifica quantos desses atendimentos estão diretamente relacionados à covid-19 ou a suspeitas da doença.
A Ticket/Edenred também perguntou aos participantes como eram seus hábitos de prevenção antes da pandemia, para fins de comparação. Segundo a empresa, 46% iam ao médico de duas a cinco vezes ano, 32% iam pelo menos uma vez e outros 15% iam cinco vezes ou mais. Apenas 8% não tinham rotina de consultas preventivas.
Quanto ao check-up, apenas 5% dos pesquisados não realizavam qualquer procedimento desse tipo e 18% tinham frequência fixa para fazê-lo. Dentre aqueles que disseram fazer check-ups, 41% disseram realizá-los uma vez ao ano e 28,2% até mais de uma vez.
As possíveis motivações para tal fenômeno, como medo de contrair a doença nas unidades de saúde, não foram mapeadas por esse estudo, que teve caráter quantitativo e exploratório. Mesmo assim, os dados podem estimular interessantes reflexões entre os profissionais da área.
Até porque, outro dado interessante da pesquisa é que as pessoas não deixaram de se preocupar com a saúde, de modo geral. Pelo contrário: mais de nove em cada pessoas que participaram da pesquisa (92%) afirmaram que benefícios como planos de saúde ou auxílio-saúde, com descontos em consultas, tornaram-se mais importantes na pandemia.
A pesquisa foi divulgada ao público em fevereiro.
Fonte: Ticket Edenred (release), Medicina S/A.