Quais são os cuidados para quem tem apendicite?

1 de outubro de 2022 4 mins. de leitura
Doença pode levar a óbito se o paciente não procurar tratamento imediato

Uma das doenças mais comuns na emergência médica é a conhecida como apendicite, que atinge uma grande parte da população. Apesar de ser considerada uma enfermidade comum, quando não tratada, pode se agravar e se tornar fatal.

Durante o ano de 2020, inclusive, houve um aumento significativo de 14% nas mortes por apendicite, de acordo com o sistema de informática do Sistema Único de Saúde (SUS), o Datasus, e os principais motivos para essa situação são a demora pela procura médica e a lotação dos hospitais durante os picos da pandemia de covid-19. Conheça mais da doença, causas e tratamentos.

O que é apendicite?

O apêndice é um órgão linfático ligado ao intestino grosso, contribuindo para a digestão de alimentos. Quando o órgão passa por um processo de inflamação, acontece a doença conhecida como apendicite (ou apendicite aguda).

A doença provoca dores abdominais intensas na região direita do corpo, onde o órgão fica localizado, além de sintomas como:

  • febre;
  • apatia;
  • falta de apetite;
  • náuseas e vômitos;
  • constipação intestinal;
  • rigidez e inchaço abdominal.

Muitas pessoas confundem os sintomas com outros problemas de saúde mais leves, o que faz a procura ao médico não acontecer no tempo necessário. Por isso, é comum que os pacientes cheguem ao médico já em situação de emergência, sendo rapidamente encaminhados para a cirurgia.

A demora para procurar ajuda médica faz com que a apendicite seja um caso de emergência hospitalar. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)
A demora para procurar ajuda médica faz a apendicite ser um caso de emergência hospitalar. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Ainda, como a doença é inflamatória, também é possível que o apêndice produza pus, situação que, se não controlada, pode fazer com que o órgão estoure e provoque a apendicite supurada, forma grave e potencialmente fatal da doença.

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Principais causas

Existem diferentes causas para a doença, mas a mais comum é a entrada de uma bactéria no apêndice, o que pode acontecer por uma infecção gastrointestinal ou pela obstrução do órgão com bolo fecal.

Como é feito o diagnóstico?

Ao sentir dores na região do apêndice, o mais indicado é procurar um médico imediatamente para que a avaliação clínica aconteça. Nesse momento, o profissional analisa o histórico médico e apalpa a região do abdômen para investigar a dor relatada.

Além da análise clínica, a realização de exames como o ultrassom e a tomografia colaboram para o diagnóstico. Mas a suspeita de inflamação requer atitudes mais rápidas por parte do médico, que, geralmente, encaminha o paciente direto para o centro cirúrgico.

Quais são os tratamentos?

Como a doença é inflamatória e obstrui o apêndice, o tratamento indicado é a cirurgia para remoção do órgão. Não é possível conter essa obstrução ou evitar a produção de pus e o rompimento do órgão, por isso todos os pacientes passam pelo processo cirúrgico.

O tratamento da apendicite requer intervenção cirúrgica. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)
O tratamento da apendicite requer intervenção cirúrgica. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

O que muda, no entanto, é o método cirúrgico, de acordo com a análise e a indicação de cada médico-cirurgião. O procedimento é considerado simples, com poucos riscos, e a recuperação é rápida, mas requer internação para acompanhamento.

Caso a cirurgia não seja feita em tempo hábil antes de romper o apêndice, o paciente pode sofrer uma infecção generalizada e sua vida ficar em risco, visto que é possível que o quadro leve a óbito.

Quer saber mais? Assista aqui à opinião de nossos parceiros especialistas em Saúde.

Fonte: Veja Saúde, Rede D’Or São Luiz, Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, Drauzio Varella

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