Segundo o diretor da Organização Mundial da Saúde na Europa, momento da vacinação é crucial para evitar novos picos da doença
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O diretor regional da divisão europeia da Organização Mundial da Saúde (OMS), Hans Kluge, declarou nesta quinta-feira (20) o apoio oficial da entidade às campanhas de vacinação contra o novo coronavírus.
Segundo o médico, ao menos as vacinas atualmente aprovadas e disponibilizadas na Europa atuam contra todas as variantes da covid-19 já descobertas e monitoradas. Elas incluem os imunizantes dos laboratórios Pfizer, Moderna, AstraZeneca e Janssen, entre outras companhias que ainda aguardam a avaliação por entidades responsáveis.
A organização confirmou que a média semanal de casos registrados na Europa caiu para 685 mil na segunda semana de maio — sendo que o número chegou a 1,7 milhão durante a metade de abril, representando uma queda de 60%.
O comentário do diretor ressalta ainda que há pelo menos duas variantes espalhadas pela região. A primeira é a B.1.1.7, que se tornou a mais comum no continente. Entretanto, outra cepa do vírus, a B.1.617, já passou da Índia para cerca de 26 países, como Áustria, Grécia e Quirguistão, graças a transmissões de passageiros em viagens internacionais. “Graças aos seus esforços, nós continuamos no caminho para transformar essa pandemia em história”, concluiu Kluger.
Ao mesmo tempo que traz boas notícias, Kluge também alerta que o momento não deve ser de redução no distanciamento social e nas medidas sanitárias básicas, como uso de máscara e álcool em gel.
Segundo ele, essas ações ainda são indispensáveis e tão importantes quanto a imunização em si. A OMS está monitorando casos de países na Europa que voltaram a apresentar altas taxas de transmissão do vírus.
Para ressaltar a importância da vacinação, Kluge ainda mostrou os dados de mortalidade da covid-19 com base na imunização inicial realizada em idosos. Em média, a taxa semanal de óbitos entre pessoas maiores de 80 anos caiu de 4,6 a cada 10 mil casos para 0,9 em 10 mil infectados. A incidência de novos casos também foi bastante reduzida entre o atual mês e dezembro de 2020, quando as primeiras doses foram aplicadas.
“Esse progresso é frágil. Já estivemos nessa situação antes. Não vamos cometer os mesmos erros que ocorreram no último ano, resultando no ressurgimento da covid-19 e fazendo nosso sistema de saúde, comunidades e economias serem novamente impactadas pela força total dessa pandemia”, ele afirmou.
Fonte: OMS.