Condição é transmitida por carrapatos de várias espécies, causando lesões na pele e dor nas articulações; mas há tratamento para doença de Lyme
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Desde que o cantor Justin Bieber anunciou que foi diagnosticado com a doença de Lyme, muito tem-se falado sobre o problema de saúde na mídia e nas redes sociais. Inclusive, depois do anúncio do astro, a cantora Avril Lavigne relembrou que sofreu da mesma condição.
Mas, afinal, o que é doença de Lyme? Ela é considerada uma enfermidade infecciosa transmitida por carrapatos de várias espécies, que podem causar lesões na pele, nos sistemas nervosos central e periférico e no coração, além de dores nas articulações (veja mais sintomas a seguir).
De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), no Brasil, há diagnósticos da doença desde 1992. No País, essa variante é chamada de doença de Lyme símile brasileira ou síndrome de Baggio-Yoshinari.
Os sinais da infecção são divididos em alguns estágios. O primeiro deles, período agudo da doença, inclui sintomas parecidos com os da gripe e pode durar várias semanas. Veja:
Quando a doença não é diagnosticada e o paciente não faz o tratamento, a doença pode evoluir para uma fase mais avançada — realidade de 15% dos casos, segundo Ministério da Saúde. Os sintomas desse segundo estágio são:
A terceira fase da doença ocorre caso a pessoa não receba o tratamento adequado depois de dois anos, por exemplo, evoluindo assim para um quadro crônico. O sintoma mais comum é a artrite, uma inflamação das articulações que causa dor intensa pelo corpo.
Uma das dificuldades da doença de Lyme é o diagnóstico, já que não é uma condição tão conhecida pelas pessoas, inclusive pela comunidade médica.
Resumidamente, a detecção da doença se baseia no histórico clínico do paciente (sintomas e possíveis exposições a carrapatos), além de testes laboratoriais. Quanto antes diagnosticado, melhor o paciente vai se recuperar, uma vez que a doença tem cura.
O tratamento da infecção é realizado com antibiótico oral ou endovenoso, dependendo do estágio da doença. Em adultos, a dose costuma ser de quatro vezes ao dia, que pode durar de 15 dias até 1 mês (se as lesões forem disseminadas, por exemplo). Em crianças com menos de nove anos, o medicamento é fracionado em três doses diárias, por três semanas, em média.
Já em pacientes que tiveram múltiplos contatos com carrapatos ou longo tempo de exposição, a doença pode deixar sequelas irreversíveis. Nesse caso, as pessoas também têm de fazer uso de antibióticos constantes para evitar episódios de recorrência.
Sim. A melhor forma de prevenção da doença de Lyme é evitar locais com carrapatos. Mas, caso isso não seja possível, são indicadas as seguintes medidas:
Quer saber mais? Assista aqui à opinião de nossos parceiros especialistas em Saúde.
Fonte: Sociedade Brasileira de Reumatologia, Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade