Meningite: o que é, quais são os sintomas e como prevenir

24 de abril de 2022 4 mins. de leitura
A meningite pode ser consequência de uma inflamação por vírus, bactéria, fungo ou parasita

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A meningite é uma inflamação grave que atinge a membrana da meninge, responsável por revestir o cérebro e a medula espinhal. A doença pode acometer pessoas de qualquer idade, mas é mais comum em crianças de até 5 anos. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a enfermidade é considerada endêmica no Brasil.

Sintomas da meningite

Os sinais da inflamação variam conforme o tipo da doença e a faixa etária do paciente. Os principais sintomas são forte dor de cabeça e rigidez no pescoço, com dificuldade de encostar o queixo no peito.

Além disso, são comuns:

  • febre;
  • hipersensibilidade à luz;
  • manchas vermelhas no corpo;
  • sonolência excessiva;
  • confusão mental.

Em casos graves, os infectados também podem ter convulsões. Bebês e crianças ainda apresentam irritabilidade, estufamento da moleira, dificuldade para mexer o pescoço e moleza no corpo.

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Diferentes tipos de meningite

Na maioria das vezes, a doença é causada por um vírus ou uma bactéria, mas fungos e parasitas também podem gerar a inflamação na meninge.

Os vírus são os principais causadores da inflamação na meninge. (Fonte: Shutterstock/MattLphotography/Reprodução)
Os vírus são os principais causadores da inflamação na meninge. (Fonte: Shutterstock/MattLphotography/Reprodução)

Meningite viral

Esse tipo da inflamação é causado por enterovírus. Os mais comuns desse gênero são Epstein-Barr, vírus de Coxsackie ou Coxsackievirus, poliovírus e vírus da herpes, que causa a meningite herpética. A meningite viral é bastante comum no verão e costuma afetar pessoas acima de 15 anos.

Também pode causar meningoencefalite, que é a inflamação de várias regiões do cérebro e costuma acontecer pela ingestão de água ou alimentos que tiveram contato com fezes contaminadas pelo vírus.

Meningite bacteriana

O tipo bacteriano é causado pelas bactérias Streptococcus pneumoniae, Mycobacterium tuberculosis (MTB), Haemophilus influenzae tipo b (Hib) e Neisseria meningitidis, que também é conhecida como meningococo e provoca a meningite meningocócica; essa versão contagiosa da doença é considerada rara e tende a acontecer com mais frequência em crianças e idosos, por conta do sistema imune mais vulnerável.

Meningite fúngica

Existem quatro fungos que podem causar esse tipo da doença: Cryptococcus spp, Coccidioides posadasii, Aspergillus spp e Candida spp, que é responsável pela candidíase. Assim como a meningocócica, a meningite fúngica é mais difícil de acontecer e tende a atingir pacientes com o sistema imunológico comprometido por alguma doença crônica ou pela idade.

Meningite eosinofílica

Nesse caso, a inflamação é provocada pelo parasita Angiostrongylus cantonensis, que costuma infectar lesmas, caracóis e caramujos. Assim, é um tipo mais raro da doença e só pode ser contraído pelo consumo de carnes de animais infectados ou contaminadas pelas secreções deles.

Além de dor de cabeça e rigidez do pescoço, é muito comum o paciente apresentar náusea e vômito.

A vacinação é a principal forma de prevenir a doença. (Fonte: Shutterstock/Jelena Stanojkovic/Reprodução)
A vacinação é a principal forma de prevenir a doença. (Fonte: Shutterstock/Jelena Stanojkovic/Reprodução)

Como prevenir e tratar

É possível evitar a inflamação da meninge por meio da imunização, que protege contra algumas formas da doença, por meio das vacinas para meningococo dos tipos A, B, C, Y e W 135, e das pneumocócica conjugada e conjugada contra Haemophilus influenzae tipo b (Hib).

Em caso de suspeita de meningite, é aconselhado ir o mais rápido possível ao pronto-socorro ou a um profissional de neurologia. Isso porque a demora para o início do tratamento pode causar sequelas no paciente ou levá-lo a óbito.

O tratamento depende do tipo da inflamação; normalmente, é feito com remédios antibióticos, como penicilina, antivirais, antiparasitários ou antifúngicos, além de analgésicos e anti-inflamatórios para o alívio dos sintomas.

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Fonte: Tua Saúde, Ministério da Saúde, Fiocruz.

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