A condição clínica apresenta sintomas semelhantes aos das crises de ansiedade e de depressão
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Dificuldade de concentração, insônia, irritabilidade e ansiedade estão entre os principais sinais da síndrome do pensamento acelerado, um problema associado a diferentes transtornos. A condição ganhou destaque nas redes sociais após a internação da cantora Dani Russo no início de outubro, diagnosticada no ano passado.
Identificada pelo psiquiatra Augusto Cury, a condição clínica tem relação com a quantidade e a velocidade de processamento dos pensamentos. Quando a mente fica repleta deles e o cérebro trabalha de forma acelerada, a pessoa pode sentir dificuldade para relaxar, levando aos desgastes físico e emocional.
O envolvimento frequente em situações que deixam a mente agitada, além de estressada, é uma das causas da síndrome. Atividade intelectual, excesso de informações, pressão no trabalho ou no estudo e uso exagerado de celulares e de computadores são alguns dos fatores que propiciam o surgimento da alteração mental.
A síndrome também tem relação com alguns problemas que afetam a saúde mental, como bipolaridade, depressão, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). A doença pode surgir em diferentes faixas etárias, afetando inclusive crianças.
Os principais sinais que indicam a possibilidade de uma pessoa estar com o transtorno são:
Em alguns casos, pode surgir a dificuldade de raciocínio lógico, fazendo que o paciente não consiga se expressar corretamente, falando rápido demais ou de forma mais lenta. A capacidade de escrita também é afetada quando a doença se manifesta, resultando em queda de produtividade e baixa autoestima.
Vale destacar, ainda, a possibilidade de que o indivíduo diagnosticado apresente dores de cabeça e no corpo, tensão muscular, queda de cabelo e problemas no estômago. No caso de Dani Russo, a influenciadora digital relatou dificuldades para dormir, falta de apetite e vômito em meio às crises.
Como geralmente está associada a transtornos mentais, a condição clínica precisa ser diagnosticada por um profissional médico especializado na área, como psicólogos e psiquiatras. A ajuda deve ser procurada a partir do momento em que os sintomas se manifestam de forma frequente.
Já o tratamento para a síndrome do pensamento acelerado depende do histórico do paciente. Como ela tem relação com o modo de vida da pessoa, mudanças de hábitos cotidianos são recomendadas, incluindo diminuir o ritmo de trabalho, realizar pausas para relaxar, praticar atividades físicas e optar por uma dieta saudável.
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Leitura, meditação e mais contato com a natureza são dicas que podem ajudar a promover o relaxamento. Nesse sentido, também é possível ir a consultas regulares com um psicoterapeuta para auxiliar na gestão das emoções e no controle dos pensamentos.
Dependendo do quadro, não é descartado o uso de remédios como ansiolíticos, caso a síndrome esteja associada à ansiedade, ou antidepressivos, se estiver relacionada à depressão.
Fonte: Estadão Expresso, eCycle