Bipolaridade: transtorno não é simples mudança no humor

9 de maio de 2022 3 mins. de leitura
O transtorno bipolar vai além de alterações no humor, podendo causar sérios prejuízos se não for tratado adequadamente

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A bipolaridade, nome comumente usado para designar o transtorno afetivo bipolar, é um distúrbio psiquiátrico de perturbação do humor que pode se manifestar em homens e mulheres, geralmente entre 15 e 25 anos.

Embora caracterizado por mudanças no humor, o transtorno bipolar é muito mais do que isso e pode gerar diversos prejuízos caso não seja tratado adequadamente. A causa efetiva da bipolaridade ainda não foi determinada, mas já se sabe que fatores genéticos e alterações em áreas específicas do cérebro e em níveis de neurotransmissores estão envolvidos.

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O que é bipolaridade

A bipolaridade é um transtorno mental de alternância entre estados de humor que, se não tratada, aumenta o risco de suicídio. As crises ocasionadas por ela variam de intensidade, transitando entre leves, moderadas e graves, além de na frequência e na duração, podendo ou não ocorrerem com a presença de gatilhos.

O transtorno bipolar é marcado por fases:

  • maníaca — fase também chamada de hipomania, na qual a pessoa fica eufórica, hiperativa, autoconfiante e tem várias ideias, fala bastante e sente necessidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo. Geralmente há uma série de comportamentos impulsivos e até agressivos, de acordo com a gravidade do quadro;
  • depressiva — conhecida como mania, é caracterizada pelo estado de humor triste, quando o paciente perde a vontade de fazer qualquer coisa — e 15% acabam tirando a própria vida;
  • mista — é uma mistura das duas outras fases e desperta irritabilidade, agitação, sentimento de “cabeça cheia”, pensamentos acelerados e sensação de estar perdido nos próprios pensamentos.

Essas fases do comportamento de quem tem transtorno bipolar podem durar de dias a meses, principalmente na fase depressiva.

Como estabilizar o transtorno bipolar

É preciso que o paciente tenha acompanhamento médico e psiquiátrico, pois o diagnóstico e a constância no tratamento são fundamentais para estabilizar o transtorno bipolar. Dependendo da gravidade do quadro, são indicados medicamentos neurolépticos, antipsicóticos, anticonvulsivantes, ansiolíticos e estabilizadores de humor.

A psicoterapia também pode ajudar, assim como a adoção de um estilo de vida saudável, sem uso de substâncias psicoativas como cafeína, anfetaminas, álcool e cocaína, com hábitos saudáveis como se alimentar e dormir bem para reduzir os níveis de estresse, além de praticar atividade física regularmente.

É importante que a família do paciente busque o máximo de informação para lidar com o transtorno bipolar, a fim de entender e identificar rapidamente os episódios e conseguir ajudá-lo de maneira eficaz.

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Fonte: Drauzio Varella.

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