Amigdalite: quais são as causas e os sintomas e quanto tempo dura?

Com maior incidência em períodos frios, a amigdalite é a inflamação das amígdalas. Localizadas no fundo da garganta, as estruturas têm a função de defender o organismo, atuando como uma barreira inicial contra bactérias e outros germes causadores de doenças.

Apesar do combate aos invasores do trato respiratório superior, as amígdalas são vulneráveis a eles. Quando afetadas por vírus, surge a amigdalite viral, mais comum em crianças, enquanto a ação realizada por bactérias leva à amigdalite bacteriana — há ainda a possibilidade de a doença ser causada pela associação de ambos os agentes.

Em geral, a infecção é transmitida por meio de gotículas expelidas ao espirrar e tossir. O beijo também propicia a transmissão, assim como o contato com xícaras, copos, garfos, colheres, garrafas de água e outros objetos de uso pessoal pertencentes a alguém com as amígdalas inflamadas.

O refluxo gastroesofágico também pode desencadear a doença. O material que volta do estômago para a garganta causa irritação e modifica a acidez na região dos órgãos compostos de tecido linfático, abrindo caminho para a proliferação dos causadores da infecção.

Quanto tempo dura a amigdalite?

A inflamação das amígdalas costuma durar de três a sete dias, em média, mas em alguns casos pode afetar o paciente por um tempo maior. Na versão crônica, os sintomas são mais duradouros e aparecem com certa frequência, sendo necessário consultar o médico para verificar a causa da recorrência.

Como observa o Ministério da Saúde, é importante prestar atenção aos sinais da doença e procurar ajuda profissional se eles durarem mais de sete dias. Os sintomas de amigdalite mais comuns são dor de garganta por dois dias ou mais, febre, dificuldade para engolir, mau hálito, mal-estar e ínguas no pescoço e na mandíbula.

A pessoa também pode sentir dor de ouvido e desconforto estomacal, apresentar tosse seca e alterações na voz. Já na amigdalite bacteriana, os sinais incluem pequenas manchas de pus na região das amígdalas e até mesmo uma camada amarelada na língua.

Nos casos mais graves, é possível que o paciente tenha dificuldade para respirar e a deglutição ainda mais afetada, impedindo-o de comer e beber, associada às demais manifestações.

Como tratar amigdalite?

O tratamento da amigdalite depende da causa da infecção. Na doença viral, o médico pode receitar anti-inflamatórios e analgésicos, enquanto na causada por bactérias há a administração de antibióticos. Nesse caso, é preciso um maior rigor para não suspender o uso antes do período prescrito, o que aumenta as chances de complicações.

A cirurgia de remoção das amígdalas acontece somente em casos específicos, como aqueles em que os medicamentos não surtem efeito e os sintomas reaparecem frequentemente. Mesmo com o procedimento, a dor de garganta pode continuar, associada à faringite ou laringite.

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Em relação à prevenção, medidas como lavar as mãos, beber muita água, evitar o contato com pessoas gripadas ou resfriadas, não compartilhar objetos de uso pessoal e evitar ficar em ambientes fechados ou com pouca circulação de ar por longos períodos são importantes.