Conheça as causas dessa condição e entenda como é feito o tratamento
Publicidade
O herpes genital é uma das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) mais prevalentes do mundo. Em 2015, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que 417 milhões de pessoas entre 15 anos e 49 anos estavam infectadas com o vírus causador dessa condição. Mas quais são as causas do problema e como resolver? Entenda a origem, os principais sintomas e como é feito o tratamento.
Para entender o que é herpes genital, é preciso antes saber o que é herpes. Trata-se de uma infecção causada pelo Herpes Simplex Vírus (HSV), que pode ter dois formatos: o HSV-1 e o HSV-2.
O primeiro causa o herpes tipo 1, comum na face, mais especificamente na região da boca, do nariz e dos olhos. O segundo causa o tipo 2, ou herpes genital, que acomete a genitália, a região do ânus e as nádegas. Como as duas formas podem ser transmitidas quando há contato da boca com a genitália, não é incomum que uma pessoa tenha herpes tipo 1 nas genitais e tipo 2 no rosto.
Uma vez adquirido, o vírus se acomoda em raízes nervosas e por isso se mantém no corpo podendo levar a infecções recorrentes. A primeira incidência, embora desapareça em alguns dias, tende a ser mais forte já que o organismo ainda não desenvolveu anticorpos contra o invasor. As próximas geralmente são mais leves.
A infecção pelo HSV-2 pode gerar:
Por ser uma IST, a principal forma de prevenção é o uso de preservativos. Pouca gente sabe, mas mesmo após as infecções cessarem, o vírus permanece no organismo do indivíduo e pode ser transmitido.
Leia também:
Ainda não há uma vacina contra o HSV e também não há cura, mas é possível diminuir a intensidade e a duração dos sintomas por meio de comprimidos antivirais, protagonistas do tratamento, e pomadas, que facilitam a cicatrização. Também são usados cremes anestésicos, que ajudam a diminuir a dor e o desconforto causados pelas lesões. Durante o tratamento, é importante lavar a área lesionada com soro fisiológico e evitar contato íntimo mesmo com preservativo.
Quando se fala em herpes genital, um fator que demanda atenção redobrada diz respeito à gravidez. Quando a pessoa tem o vírus, há riscos de transferência para o feto, sobretudo durante o parto, podendo levar à morte da criança. Por isso, especialistas orientam que gestantes façam exames de sangue para identificar o problema.
Em muitos casos, o patógeno está inativo, mas se a pessoa tiver alguma infecção no momento do parto, o HSV pode ser passado para o recém-nascido. Nesses casos, a cesárea é o tipo de parto mais indicado para não colocar em risco a vida do bebê.
Fonte: EBC, Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, Febrasgo, Tua Saúde, Drauzio Varella.