A poliomielite afeta principalmente crianças, mas também pode atingir adultos
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Doença contagiosa aguda causada por um vírus capaz de infectar crianças e adultos, a poliomielite está erradicada no Brasil desde a década de 1990. No entanto, ela voltou a se destacar em noticiários devido à queda progressiva da cobertura vacinal.
Segundo dados do Ministério da Saúde, a quantidade de crianças menores de 1 ano vacinadas contra a paralisia infantil (como a patologia também é conhecida) chegou a 69,99% em 2021, bem longe da meta de 95% — que não é atingida desde 2017. Os baixos índices indicam a necessidade de reforçar a vacinação para evitar a volta da doença.
A pólio, outro nome pelo qual é chamada a enfermidade, tem como causa o poliovírus. Normalmente encontrado no intestino, o agente infeccioso pode penetrar no organismo e chegar à corrente sanguínea, onde há chances de alcançar o cérebro.
Quanto atinge o sistema nervoso, o vírus da poliomielite pode causar ou não a paralisia dos membros inferiores, além de resultar em outras alterações motoras. Há risco de morte se o patógeno chegar às células responsáveis pelo controle dos músculos da respiração e da deglutição, o que acontece em casos mais raros e graves.
A transmissão do poliovírus se dá pelo contato direto de uma pessoa para outra, uma vez que ele é eliminado nas secreções e nas fezes. Dessa forma, o consumo de água e alimentos contaminados, bem como o contato com gotículas liberadas pelo portador, leva o vírus para o organismo saudável.
Higiene pessoal precária, falta de saneamento básico e más condições habitacionais estão entre os principais fatores de risco. As crianças são o público mais afetado, mas o vírus também pode infectar adultos com imunidade comprometida, especialmente pessoas desnutridas e idosos.
Embora a maioria dos casos seja assintomática, os sintomas da poliomielite podem aparecer após o contato com o vírus. Os principais sinais são:
Não há um tratamento para poliomielite, assim como em outras viroses. Após o diagnóstico, médicos indicam medicamentos para aliviar as dores e a febre, como dipirona ou paracetamol, e recomendam repouso absoluto e a ingestão de líquidos para acelerar a recuperação.
Dependendo do caso, se houver quadro de paralisia, sessões de fisioterapia são indicadas, incluindo técnicas e aparelhos para devolver a autonomia motora ao paciente. Nessas situações, o acompanhamento médico é ainda mais essencial.
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Quanto à prevenção da poliomielite, vale reforçar medidas simples, como lavar corretamente os alimentos, investir em saneamento básico e descontaminar a água, mas a principal forma de evitá-la é com a vacinação das crianças menores de 5 anos de idade.
Atualmente, o esquema vacinal contra a paralisia infantil inclui três doses da vacina injetável (VIP): aos 2 meses, aos 4 meses e aos 6 meses, e duas doses de reforço utilizando a vacina oral bivalente (VOP), em gota.
Fonte: Tua Saúde, Ministério da Saúde, Fiocruz, Secretaria de Saúde do Paraná