Quais são os principais sinais de infarto?

11 de abril de 2023 4 mins. de leitura
Infarto é uma condição que impede o fluxo de sangue para o coração, causada por obstrução de uma artéria coronária

Um infarto, também conhecido como ataque cardíaco, acontece quando há obstrução no fluxo de sangue para o músculo cardíaco, interrompendo a capacidade de o coração funcionar. Isso ocorre quando uma artéria coronária, responsável por levar sangue oxigenado e nutrientes para o órgão, fica bloqueada por uma placa de gordura ou um coágulo de sangue.

Quando ocorre o infarto, o músculo cardíaco não recebe sangue suficiente e pode começar a morrer, causando danos irreversíveis. Caso não haja atendimento médico imediato, o dano ao músculo cardíaco pode se intensificar, o que pode levar a complicações graves, como insuficiência cardíaca, arritmia cardíaca, derrame e até a morte.

O Ministério da Saúde estima que ocorram de 300 mil a 400 mil casos anuais no Brasil, com um óbito a cada cinco ou sete ocorrências, tornando o infarto a principal causa de mortes no País. Para salvar uma vida durante um ataque cardíaco, é crucial que o atendimento de urgência e emergência aconteça nos primeiros minutos do evento.

Como detectar os sinais de infarto?

A dor no peito é um dos principais sinais de infarto, mas o ataque cardíaco pode acontecer sem esse sintoma. (Fonte: Towfiqu barbhuiya/Pexels/Reprodução)
Dor no peito é um dos principais sinais de infarto, mas ataque cardíaco pode acontecer sem esse sintoma. (Fonte: Towfiqu barbhuiya/Pexels/Reprodução)

Os primeiros sinais de um infarto podem ser bastante variados e nem sempre são óbvios. Os sintomas podem incluir dor no peito, que pode ser leve ou aguda, dor que se irradia para outras partes do corpo, como braço esquerdo, pescoço e mandíbula, compressão no peito durante mais de 30 minutos e sensação de queimação no peito semelhante à azia.

Outros sinais comuns são sensação de aperto, queimação, pressão no peito, desmaio ou tontura, vômito, suor frio, ansiedade ou sonolência, falta de ar e palpitações. O ataque cardíaco também pode provocar suor frio, fadiga ou fraqueza, batimentos cardíacos acelerados ou irregulares e mudanças no humor, como ansiedade e pânico.

Nem todas as pessoas tendo um infarto apresentam esses sintomas, e eles podem ser diferentes em cada uma. Os sinais podem aparecer sem que haja dor no peito, especialmente em mulheres, idosos e pessoas com diabetes.

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Qual é o tratamento para o ataque cardíaco?

Os exercícios físicos ajudam a tratar e prevenir os problemas cardíacos. (Fonte: Barbara Olsen/Pexels/Reprodução)
Exercícios físicos ajudam a tratar e prevenir problemas cardíacos. (Fonte: Barbara Olsen/Pexels/Reprodução)

O tratamento de infarto envolve uma abordagem imediata e agressiva, a fim de minimizar o dano ao músculo cardíaco. O primeiro passo é chamar imediatamente o serviço de emergência, pois quanto mais rápido o tratamento for iniciado, melhores serão as chances de recuperação.

Cada caso de infarto é único, então o tratamento varia de acordo com a gravidade da condição e outros fatores de saúde. Por isso, é importante consultar um médico para determinar o melhor plano para as necessidades individuais.

As principais medidas de tratamento são:

  • medicação — medicamentos prescritos por médicos ajudam a diluir o coágulo de sangue e melhorar o fluxo sanguíneo para o coração, bem como aliviar a dor e outros sintomas;
  • procedimentos invasivos — caso a medicação não seja suficiente, médicos podem optar por realizar uma angioplastia ou cirurgia de revascularização do miocárdio para remover ou aliviar a obstrução da artéria coronária;
  • mudança de hábitos — a recuperação do infarto deve ser acompanhada por mudanças significativas no estilo de vida, para prevenir futuros problemas cardíacos, como perder peso, praticar atividade física regularmente, manter uma dieta saudável e equilibrada, controlar o estresse e parar de fumar;
  • tratamento de longo prazo — a pessoa que sofre um infarto pode necessitar do uso contínuo de medicamentos para controlar colesterol, pressão arterial e outros fatores de risco cardíaco.

Fonte: Ministério da Saúde, Drauzio Varella, Rede D´Or São Luiz

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