Pesquisadores identificam que o aumento de tumores pode estar diretamente relacionado à dieta do paciente
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Estudos que ligam a alimentação ao câncer são conduzidos há décadas. No mundo todo, diferentes pesquisadores investigaram a relação da nutrição com a piora ou a melhora no tratamento da doença.
Uma pesquisa realizada no Reino Unido, em 2012, fez uma associação bioquímica entre a dieta e a doença, colaborando para outros estudos que analisaram a influência direta de açúcares, aminoácidos e gorduras para reter ou crescer determinados tumores.
Uma rotina com hábitos saudáveis, tanto em relação a exercícios físicos quanto à alimentação, é indicada para prevenir uma série de doenças. No caso do câncer, esses fatores influenciam o desenvolvimento da doença, principalmente pelo caráter inflamatório.
Pessoas que mantêm uma alimentação pobre em nutrientes e com pouco estímulo ao movimento físico estão mais propensas à obesidade e ao enfraquecimento do sistema imunológico.
Assim, o acúmulo de gordura corporal pode provocar alterações hormonais, que, por sua vez, contribuem para o surgimento de inflamações, dificultando o processo de controle das células benignas e malignas no organismo. Esse cenário somado a um sistema imune comprometido se torna ainda mais grave.
O risco de desenvolver tumores aumenta, podendo atingir diferentes partes do corpo, como:
Dessa forma, uma alimentação bem balanceada é uma das melhores maneiras de prevenir a doença, principalmente levando em consideração dados do Ministério da Saúde, os quais mostram que quase metade dos casos de câncer poderiam ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis.
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No caso de pacientes já diagnosticados, o acompanhamento nutricional é um importante aliado aos tratamentos, pois quimioterapia, imunoterapia e outros podem gerar a perda de apetite, expondo as pessoas a potenciais quadros de desnutrição.
Mas, apesar da importância de se manter uma boa dieta, estudiosos apontam que nutrientes específicos podem estar literalmente alimentando tumores e colaborando para agravar a doença.
O estudo realizado em 2012 foi inovador para a comunidade científica, pois analisaram a interação da proteína conhecida como p53, responsável por suprimir tumores, com aminoácidos não essenciais (serina e glicina), que são naturalmente produzidas por moléculas no organismo.
Cientificamente, acreditava-se que a inclusão ou exclusão desses aminoácidos na alimentação não surtiria nenhum efeito, porém, a pesquisa identificou que, em células tumorais sem presença da proteína p53, eliminar serina e glicina da dieta retarda o crescimento das células, enquanto o contrário acelera o processo.
A partir dessa descoberta, pesquisadores no mundo todo passaram a olhar a possibilidade de matar tumores por meio da relação com a alimentação, mas alertam que ainda não é possível dizer se alimentos específicos e tipos de dieta podem, de fato, ajudar a tratar todos os tipos da doença, como diz a mídia.
No entanto, a expectativa é alta na análise bioquímica de tumores, com estudos demonstrando caminhos interessantes para a abordagem, que, se bem-sucedida, pode colaborar para mudar o curso da doença em pacientes.
Fonte: Hospital Nove de Julho, Chemical&Engineering News, Viva Bem