Uma das práticas mais efetivas para evitar a gravidez, o DIU apresenta diversos modelos com efeitos diferentes nas mulheres
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Em 2017, o Ministério da Saúde anunciou a ampliação do acesso ao Dispositivo Intrauterino (DIU) de cobre no Sistema Único de Saúde (SUS), nas maternidades e nos hospitais do Brasil. De acordo com a coordenadora de Saúde da Mulher na época, Maria Esther Vilela, 1,9% das mulheres brasileiras utilizava o dispositivo como principal técnica anticoncepcional.
O DIU deve ser inserido no útero por um médico ginecologista com o objetivo de prevenir que espermatozoides alcancem os óvulos. Essa é uma das práticas mais eficientes para as mulheres que não desejam engravidar.
O DIU pode ser feito de diversos materiais, como cobre e prata, ou conter hormônios femininos, como o Mirena. Se comparado com os 9% de chance de falha das pílulas anticoncepcionais, o DIU apresenta índice de apenas 0,2% a 0,8%, de acordo com estudo da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos.
Por ser um sistema que não depende da ingestão diária de comprimidos, como no caso dos anticoncepcionais orais, o DIU se apresenta como uma opção efetiva e de longa duração. A maioria dos modelos tende a durar entre cinco e 10 anos. Além disso, é uma prática que oferece poucos efeitos colaterais para as usuárias.
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Livre da influência de qualquer hormônio, o DIU de cobre é um dos mais comuns e costuma custar, em média, R$ 120 sem a colocação. Trata-se de um fio de prata revestido de cobre em formato de “T” ou “Y” que é posicionado dentro do útero e não apresenta material tóxico ou alérgico. Sua função é inflamar o tecido que reveste o órgão e impedir as possibilidades de uma gravidez.
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Livre da influência de qualquer hormônio, o DIU de cobre é um dos mais comuns e costuma custar, em média, R$ 120 sem a colocação. Trata-se de um fio de prata revestido de cobre em formato de “T” ou “Y” que é posicionado dentro do útero e não apresenta material tóxico ou alérgico. Sua função é inflamar o tecido que reveste o órgão e impedir as possibilidades de uma gravidez.
Por não conter progesterona ou outras substâncias, o DIU de cobre não oferece restrições para mulheres com câncer de mama, por exemplo. Com validade média de 10 anos, as alterações bioquímicas causadas pelo material impedem que os espermatozoides fecundem os óvulos.
O DIU de prata é pensado para reduzir os possíveis efeitos colaterais nas usuárias do DIU de cobre. Essa opção também contém a substância, mas usa a prata para contrabalancear as reações; a combinação dos dois metais é o que faz com que o cobre não seja tão fragmentado no organismo feminino e aumenta a eficácia do aparelho.
Outra vantagem do DIU de prata é que ele reduz as chances da intensificação do fluxo menstrual e do aumento das cólicas nos primeiros meses. Até mesmo o seu formato em “Y” e de tamanho reduzido facilita a inserção no útero e diminui as dores do procedimento. O dispositivo de prata tende a ter duração média de 5 anos.
Conhecido como DIU hormonal ou Sistema Intrauterino (SIU), o Mirena é revestido por levonorgestrel, um hormônio sintético da progesterona responsável por afinar o endométrio e alterar o muco cervical, o que faz com que útero deixe de ser um ambiente propício para a fecundação. Enquanto o DIU de cobre pode dificultar a situação para mulheres que já sofrem com fortes cólicas e fluxo menstrual intenso, o DIU Mirena evita maiores desconfortos, já que diminui o processo inflamatório no local.
Devido à liberação de hormônios durante a aplicação do SIU, 44% das usuárias param de menstruar após 6 meses de uso. Com eficácia de 5 anos, o Mirena é indicado para mulheres com problemas de endometriose ou adenomiose, que causa atrofia do endométrio.
Produzido pela Bayer, tem ação semelhante ao DIU Mirena. Ele é um dispositivo em formato de “T” e age com liberação de levonorgestrel. O dispositivo contém 19,5 mg do hormônio e, após a inserção, libera 17,5 mcg nos primeiros 24 dias. Essa taxa cai para 15,3 mcg após 60 dias.
O DIU Kyleena tem um tamanho menor que o DIU Mirena, medindo 30 mm de comprimento, 28 mm de largura e 1,55 mm de espessura. Seu tamanho permite o uso por mulheres que tem o útero pequeno e por adolescentes.
Além da presença do sulfato de bário, que o torna visível em exames de raio X, o Kyleena tem um anel de prata que o torna visível em exames de ultrassom.
Apesar de liberar menos hormônios do que o Mirena, o Kyleena também oferece proteção contra gravidez por até cinco anos. A taxa de falha de ambos os dispositivos é semelhante, cerca de duas em cada mil mulheres ficam grávidas durante o primeiro ano de uso.
Fontes: Gineco, Clínica Saute.