Entenda por que o tratamento é mais eficaz nos primeiros estágios da doença
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Desde os anos 1990, outubro é um mês simbólico da luta contra o câncer de mama. A ideia de usar vestimentas rosas e iluminar monumentos com essa cor nesse período começou em alguns estados norte-americanos e, em pouco tempo, ganhou o mundo.
Não é para menos. Reforçar a importância do diagnóstico precoce, principal bandeira do Outubro Rosa, é fundamental para salvar vidas. Conheça as causas dessa condição e o papel da prevenção e dos exames para a redução da mortalidade.
O câncer de mama é um conjunto de doenças caracterizadas pelo desenvolvimento atípico das células mamárias que se multiplicam. O mecanismo ocorre de diferentes formas e, devido a essa variabilidade clínica, genética e morfológica, as respostas terapêuticas também variam de uma pessoa para outra.
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O principal sintoma notado é a presença de um nódulo nos seios, que, por ser indolor, muitas vezes não recebe a atenção adequada. Outro sinal é a secreção de líquido pelos mamilos. Em alguns pacientes, também pode surgir uma coceira crônica na região da auréola.
Embora possa aparecer em homens, o câncer de mama ocorre em uma proporção média de um homem para cada dez mulheres. Além disso, é o tipo de câncer que mais atinge mulheres no mundo, integrando 24,5% dos casos, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
O câncer de mama pode estar associado ao histórico familiar. De acordo com uma revisão da Revista Brasileira de Análises Clínicas, entre 5% e 10% de todos os casos estão relacionados à herança de mutações genéticas.
Mas o estilo de vida também interfere no desenvolvimento do problema. Embora o impacto de variáveis como o uso de anticoncepcionais hormonais esteja sendo investigado, já se sabe que a alimentação saudável e a prática regular de atividades físicas ajudam na prevenção. A amamentação e a redução do consumo de álcool também são fatores de proteção.
Outro aspecto que pode frear o avanço do câncer de mama e reduzir as chances de mortalidade é o diagnóstico precoce. Para entender a importância disso, é necessário conhecer os quatro estágios do fenômeno. Veja-os a seguir.
Especialistas estimam que apenas 15% dos pacientes que descobrem o problema em estágio avançado conseguem se recuperar. Porém, quando a condição é identificada ainda no início, as chances de vida aumentam consideravelmente: 90% obtêm boas respostas ao tratamento.
É por isso que mulheres acima dos 40 anos devem fazer exames anuais. Abaixo dessa faixa etária, indica-se o rastreamento apenas para quem tem histórico familiar. Nesse caso, é levada em conta a idade da pessoa mais jovem a ter a doença na família menos dez, ou seja, se sua avó descobriu o câncer aos 35, você pode começar a fazer exames a partir dos 25.
O exame mais indicado é a mamografia, que é capaz de identificar não apenas o nódulo, mas também calcificações que surgem na fase inicial do câncer de mama. Com esse acompanhamento periódico, o risco de mortalidade cai até 40%.
Além disso, o toque frequente e a observação das próprias mamas são recomendados em qualquer idade. É importante que a mulher se aproprie do seu corpo e saiba reconhecer o que é normal ou não em seus seios. Essa atenção fará toda diferença a longo prazo.
Fonte: INCA, Revista Brasileira de Análises Clínicas, Previneo, Hcor, Hcor, Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde.