Cirurgia de tireoide: como é feita?
A cirurgia de tireoide é um procedimento realizado quando há condições médicas que afetam a glândula tireoide, localizada na região anterior ao pescoço. A presença de nódulos, tumores, bócio (aumento anormal da glândula), hipertireoidismo (produção excessiva de hormônios tireoidianos) ou hipotireoidismo (produção insuficiente de hormônios tireoidianos) são motivações para a tireoidectomia.
A cirurgia é indicada após uma avaliação médica abrangente, incluindo exames de imagem e análise de biópsias e sintomas do paciente. A cirurgia de tireoide é um campo importante da medicina, com avanços notáveis desde o século 19 que ajudaram a reduzir complicações.
A tireoidectomia pode provocar sintomas emocionais e alterações vocais em virtude de extensão da cirurgia, técnica utilizada, intubação orotraqueal, dissecação dos músculos cervicais, hematomas e/ou manipulação dos nervos laríngeos.
Como a tireoidectomia é feita
Existem diferentes tipos de procedimentos cirúrgicos para tratar doenças tireoidianas; um deles é a tireoidectomia. A tireoidectomia parcial visa à remoção de uma parte da tireoide, enquanto a tireoidectomia total consiste na remoção completa da glândula.
O paciente é anestesiado, e uma incisão é feita no pescoço para acessar a glândula tireoide. O cirurgião identifica e protege as estruturas circundantes, como os nervos laríngeos e as glândulas paratireoides, para minimizar complicações. Após a remoção da parte afetada ou de toda a tireoide, a incisão é fechada com suturas.
A tireoidectomia parcial é frequentemente considerada quando há crescimento com malignidade suspeita em um lobo apenas.
Por outro lado, a tireoidectomia total é a escolha em casos de câncer de tireoide confirmado, especialmente se há disseminação para ambos os lobos, múltiplos nódulos suspeitos ou cânceres em ambos os lobos da tireoide ou em casos de doença de Graves ou hipertireoidismo grave que não pode ser controlado por outros tratamentos.
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Possíveis riscos associados
Os riscos associados à cirurgia de tireoide incluem sangramento, infecção, lesões nos nervos laríngeos que podem afetar a voz, lesões nas glândulas paratireoides que podem levar à hipocalcemia (redução dos níveis de cálcio no sangue), cicatrizes e, em casos raros, complicações anestésicas.
Recuperação do pós-operatório
Os cuidados pós-operatórios envolvem principalmente repousar por 10 a 15 dias, evitar o uso intenso da voz, realizar curativo no local da incisão de forma regular e com cuidados para evitar infecções, ingerir alimentos que facilitem o processo de cicatrização e manter acompanhamento médico.
Em geral, a recuperação após uma cirurgia de tireoide parcial tende a ser mais rápida do que após uma tireoidectomia total por ser menos extensa. Em ambas as situações, a recuperação varia, mas muitos pacientes podem retornar às atividades normais em algumas semanas.
A retirada da glândula tireoide não costuma interferir na qualidade de vida do paciente. Ainda, pode ser necessário seguir um tratamento com hormônios tireoidianos sintéticos para substituir os hormônios produzidos pela glândula.
Pacientes pós-cirúrgicos podem apresentar sintomas vocais, mesmo diante da preservação dos nervos laríngeos, e sintomas emocionais, transitórios ou duradouros. Nesses casos, a reabilitação é realizada por um profissional de fonoaudiologia.
O objetivo futuro é melhorar os resultados, reduzir complicações e preservar a qualidade de vida dos pacientes que apresentam condições médicas na tireoide e precisam se submeter a uma cirurgia de tireoide parcial ou total.
Fontes:
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Infográfico: Percepção das pessoas em relação a vacina no Brasil
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