A exposição às telas cresce cada vez mais, porém é necessário cautela
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Segundo a Lenstore, multinacional de artigos oftalmológicos, o Brasil é o terceiro país do mundo com a maior exposição infantil às telas. Mas como lidar com isso? Por um lado, não é possível nem desejável isolar as crianças do mundo digital. Porém, por outro, o abuso no acesso digital pode desconectá-los de tarefas analógicas, como criar laços com amigos e familiares, além de gerar problemas para a saúde física e mental.
Segundo a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o Brasil já está em alerta: mais da metade das crianças em idade pré-escolar almoçam em frente à televisão, e 28% passam longos períodos na frente da tela.
Veja como equilibrar essa balança e entenda os fatores que estão “em jogo” quando o assunto é o uso de celular.
A presença do conteúdo digital é bem-vinda, e a transformação da educação é um bom exemplo de como ela pode ser uma aliada, mas a partir daí é preciso ter algum cuidado. Diferentes usos somados por um longo tempo tendem a afastar as crianças do real, criando um círculo vicioso: quanto mais exposição a jogos e conteúdos digitais, mais as outras interações podem se tornar desinteressantes.
O problema preocupa pela recorrência: metade das crianças com até 12 anos tem celular, segundo dados da Mobile Time e da Opinion Box: Pesquisa de Mercado Online. Além disso, segundo a empresa de segurança virtual Kaspersky, 86% delas passam mais de três horas por dia em frente às telas.
As crianças podem ter uma série de problemas quando expostas às telas além da conta. Veja alguns deles a seguir.
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Prudência parece ser o tom para lidar com a questão. Se sua avó dizia que “cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém”, ela tem uma boa receita para o modo como as novas gerações devem lidar com a tecnologia.
A oferta de conteúdo audiovisual para os pequenos é crescente, e o limite a tanto estímulo depende de bom senso. Mas, como esse fator é bastante relativo, o debate sobre o lugar das telas permanece, ainda mais diante da covid-19, que tornou os aparelhos onipresentes.
O desafio é ainda maior porque os próprios pais e responsáveis também estão muito atarefados. Entre jornadas exaustivas, cuidados com a casa e o acompanhamento das demandas das crianças, sobra pouco tempo para oferecer tempo de qualidade.
Além das mais de 5,8 milhões de mortes, a pandemia ocasionou uma série de outros prejuízos. As crianças sofreram algumas das mudanças mais acentuadas e não têm a mesma maturidade para lidar com elas. Por isso, o hábito de consumo de informação e entretenimento precisa ser controlado, mas com sensibilidade e reconhecendo limites práticos.
Não existe checklist padrão: o ideal é fazer um manejo saudável disso no dia a dia e criar um ambiente de consenso entre os adultos e os pequenos. Diálogo e leveza podem ser os ingredientes ideais.
Fonte: Tecnoblog, Drauzio Varella.