Utilização incorreta pode causar impactos na saúde psicológica, na qualidade de vida e nos cuidados de saúde
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Os wearables de saúde têm variadas funções médicas, como monitorar a frequência cardíaca, medir a temperatura e até dar indicações de programas de condicionamento físico para serem realizados em casa. Esses equipamentos são úteis para melhorar a vigilância em tempo real de doenças respiratórias e facilitar a detecção de arritmias cardíacas.
O acesso ilimitado a informações digitais de wearables médicos pode motivar alguns pacientes a adotar comportamentos saudáveis. No entanto, esses dados podem impactar a saúde mental, de acordo com um estudo sobre ansiedade em pessoas com fibrilação atrial, um tipo comum de arritmia cardíaca, publicado no Cardiovascular Digital Health Journal.
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Com base em entrevistas diagnósticas e questionários validados, Lindsey Roman, professora do departamento de Medicina da Universidade de North Carolina Wilmington, demonstrou que existe maior ocorrência de ansiedade, pior qualidade de vida e aumento de consumo de serviços de cuidado em saúde.
Entretanto, quando bem utilizadas, as tecnologias aumentam o monitoramento. Por isso, é importante deixar a interpretação dos dados produzidos pelos wearables de saúde para um médico, evitando preocupação excessiva com as informações coletadas.
Esses dispositivos de pulseira são equipados com sensores para monitorar a atividade física e a frequência cardíaca dos usuários. Muitos rastreadores de condicionamento físico fornecem recomendações de saúde e bem-estar, com informações sincronizadas com vários aplicativos de smartphone. Existem modelos capazes de identificar o estresse com cronômetro de relaxamento de respiração e leituras de consumo máximo de oxigênio (VO2 máximo).
Antes usados apenas para contar passos e dizer o tempo, os smartwatches se transformaram em ferramentas clinicamente viáveis para a saúde. Os dispositivos mais avançados contam com rastreamento automático de exercícios, monitoramento cardíaco e do sono, acompanhamento de estresse e treinamento avançado de corrida.
Os monitores de eletrocardiograma (ECG) vestíveis estão na vanguarda da eletrônica de consumo e são capazes de monitorar o ritmo e a frequência cardíaca, bem como medir outros sinais vitais, incluindo a pressão arterial. O KardiaMobile 6L da AliveCor, por exemplo, foi aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) para detectar fibrilação atrial, bradicardia e taquicardia. Os resultados saem em menos de um minuto.
A Omron Healthcare lançou o HeartGuide em 2019, o primeiro monitor de pressão arterial vestível que mede a pressão arterial e a atividade diária, incluindo medidas tomadas e calorias queimadas. Ao longo dos últimos anos, a Omron desenvolveu monitores de pressão arterial mais usáveis que calculam a pressão arterial média diária do usuário e o alertam se houver alteração da pressão arterial sistólica.
Os biossensores vestíveis ainda estão em estágio inicial no que diz respeito ao desenvolvimento e à adoção em larga escala, mas têm potencial para revolucionar a telemedicina e a assistência médica remota. Esses dispositivos são sensores portáteis em forma de luvas, roupas, bandagens e implantes que criam um feedback bidirecional entre o usuário e o médico e permitem o diagnóstico contínuo e não invasivo de doenças e o monitoramento da saúde a partir do movimento físico e dos biofluidos.
Fonte: The Verge, Cardiovascular Digital Health Journal, Business Insider.