Estudo avaliou a eficácia e os efeitos colaterais dos imunizantes de Pfizer, AstraZeneca e Moderna
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A vacinação de 70% da população mundial é a única forma de conter o avanço da ômicron e o surgimento de outras variantes da covid-19, afirma a Organização Mundial da Saúde (OMS). Até 24 de maio de 2022, 65,8% das pessoas receberam pelo menos uma dose de vacina, segundo o site Our World in Data.
Ainda existem perguntas sobre quanto tempo a imunização permanece eficaz, o momento ideal para as doses de reforço e a segurança da aplicação de vacinas heterólogas. Essas informações podem orientar com mais exatidão os recursos sanitários de cada país, aumentando a eficiência do combate à pandemia de covid-19.
Para tentar encontrar as respostas, um grupo de pesquisadores ligados ao ZOE COVID Study, um dos maiores estudos sobre as infecções provocadas pelo coronavírus no mundo, investigou a eficácia e o declínio da indução de resposta imunológica do organismo às vacinas de mRNA fabricadas por Oxford/AstraZeneca, Pfizer/BioNTech e Moderna.
Em março de 2020, o ZOE lançou um aplicativo para rastrear os sintomas provocados pelo Sars-Cov-2, reunindo mais de 4 milhões de usuários. Agora, os cientistas utilizaram os dados de parte dessa comunidade para avaliar a reação aos imunizantes, bem como 16 efeitos colaterais relatados pelos participantes.
A pesquisa incluiu 204 mil indivíduos que receberam duas doses da vacina da Pfizer, 405 mil que completaram a imunização com a vacina AstraZeneca, além de quase 11 mil que receberam a dose única da vacina da Moderna, totalizando 620 mil pessoas. Todas residem no Reino Unido.
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Entre maio e novembro de 2021, cerca de 10% dos pesquisados apresentaram resultado positivo para a covid-19 e foram comparados com o grupo de controle, com mais de 40 mil pessoas não vacinadas, no qual 16,7% dos indivíduos tiveram a doença confirmada.
O estudo concluiu que a eficácia da vacina contra infecções graves foi reduzida consideravelmente após cinco meses da conclusão do ciclo vacinal em pessoas com mais de 55 anos e que apresentavam comorbidades. Nos participantes abaixo dessa faixa etária e sem comorbidades também houve diminuição, mas a resposta imunológica permaneceu em níveis altos.
As doses de reforço, de imunizantes diferentes ou iguais, proporcionaram uma resposta imunológica com duração de até três meses após a aplicação. “Descobrimos que uma dose de reforço após seis meses restaurou a eficácia da vacina para níveis mais altos do que os observados um mês após a segunda dose”, escreveram os pesquisadores em um artigo publicado na revista The Lancet.
Para avaliar os efeitos colaterais da dose de reforço, o estudo analisou informações de 317 mil participantes. Quase 60% das pessoas relataram sensibilidade no local da injeção, enquanto 10% afirmaram ter sentido fadiga.
As reações adversas após as doses de reforço foram semelhantes às registradas depois da segunda dose. Os esquemas de reforço homólogos (com a mesma vacina) tiveram menos efeitos colaterais sistêmicos relatados do que os heterólogos (reforço com vacina diferente).
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Fonte:The Lancet Infectious Disease, Organização das Nações Unidas (ONU), Our World in Data, King´s College London