Perda auditiva pode impactar as saúdes física e cognitiva de idosos que não tratam a situação
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A surdez se tornou um problema de larga escala na saúde humana e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a situação pode atingir uma em cada quatro pessoas até 2050, chegando a quase 2,5 bilhões de pessoas com algum nível de perda auditiva no mundo.
A condição afeta pessoas de todas as idades e requer acesso a tratamentos, dispositivos de audição e reabilitação auditiva. No entanto, existe uma grande preocupação na relação entre a velhice, a surdez, a demência e a resistência ao uso de aparelhos auditivos.
Apesar de ser um problema de saúde mundial, a surdez causa constrangimentos nos pacientes, que naturalizam ou escondem a situação. Porém, os riscos podem ser imensuráveis para as pessoas que não buscam tratamentos para conter essa perda.
Um dos maiores motivos para perder a audição no contexto atual é a exposição prolongada a sons altos, mas a condição pode ser provocada em idosos por:
Com o avançar da idade, a redução de funções motoras, auditivas e de fala é comum, mas o que se inicia com um zumbido e certo desconforto pode acabar avançando para quadros mais graves. Por isso, é preciso ter atenção e buscar tratamentos para a reabilitação auditiva.
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Por mais que não seja possível garantir uma prevenção à surdez em idosos nem reverter a condição, existem tratamentos para evitar o agravamento e manter uma boa saúde cognitiva. São eles:
Realizar tratamentos para a condição é de extrema importância, pois pode reduzir a deterioração da audição e da cognição, favorecendo pacientes idosos para que não fiquem tão expostos aos riscos de desenvolver demência.
Um estudo conduzido na Universidade John Hopkins (Estados Unidos) vinculou a perda auditiva em idosos a quadros de demência, uma vez que o cérebro pode se atrofiar de forma mais intensa e rápida.
Esse cenário pode ser agravado também pela situação de isolamento social em que pessoas idosas comumente podem se encontrar, pois ocorre menor estímulo à conversação e, consequentemente, à função cognitiva, possibilitando dificuldades de compreensão e de fala.
Segundo o estudo, pessoas com perda auditiva ficam mais expostas ao desenvolvimento de tipos de demência, e o maior problema são alguns mitos envolvendo a audição, como acreditar que ela não está tão ruim ou ter resistência ao uso de aparelhos que minimizam a perda auditiva.
O uso desses tipos de dispositivo é uma forma de resgatar o processamento de informações sonoras, fazendo que os neurônios responsáveis por essas atividades não se alterem.
Portanto, quando não há alteração ou deterioração da capacidade de compreensão e de fala, o cérebro se mantém ativo, saudável e menos propenso a sofrer com doenças como a demência.
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Fonte: Organização Pan-Americana da Saúde, MD.Saúde, A&R Audiologia, Johns Hopkins Medicine