Polissonografia: o que é preciso saber?

3 de maio de 2022 3 mins. de leitura
Popularmente conhecido como teste do sono, o exame costuma ser solicitado para detectar distúrbios do sono

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A polissonografia é um exame feito enquanto o paciente está dormindo, possibilitando o monitoramento de atividades cerebrais, respiratórias e cardíacas, além de movimentação dos olhos e outras ações do organismo.

O teste é indolor e não invasivo, já que é feito sem incisões. No máximo, é aconselhado o uso de sedativos para ajudar o paciente a pegar no sono em alguns casos específicos. Com o paciente adormecido, são realizadas pequenas verificações para levantar dados referentes às atividades investigadas pela polissonografia.

O intuito do exame é identificar e diagnosticar uma série de distúrbios do sono, sendo indicado para pessoas que estão sofrendo de sono excessivo, insônia, apneia de sono, sonambulismo, paralisia ao acordar ou adormecer e excesso de pesadelos.

Segundo a pesquisa Mapa do Sono dos Brasileiros, as principais vítimas de distúrbios do sono são as mulheres. De acordo com um levantamento do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), em 2020 71% das mulheres afirmaram sofrer de baixa qualidade de sono, o que pode ter relação direta com os distúrbios mencionados.

O sono excessivo é um dos sintomas para os quais é aconselhada uma polissonografia. (Fonte: Shutterstock/Prostock-studio/Reprodução)
O sono excessivo é um dos sintomas para os quais é aconselhada uma polissonografia. (Fonte: Shutterstock/Prostock-studio/Reprodução)

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Distúrbios diagnosticados pela polissonografia

A partir do teste do sono, médicos conseguem diagnosticar diversas condições, entre elas aquelas consideradas intrínsecas ao sono, como:

  • apneia;
  • insônia;
  • sonambulismo;
  • síndrome das pernas inquietas;
  • paralisia do sono;
  • terror noturno;
  • bruxismo;
  • enurese noturna;
  • narcolepsia;
  • hipersonia;
  • hipopneia;
  • síndrome dos movimentos periódicos dos membros;
  • doença pulmonar obstrutiva crônica;
  • síndrome da hiper-resistência das vias aéreas superiores.

Além desses, existem distúrbios causados por fatores externos ao organismo humano, como: higiene do sono inadequada, distúrbio do sono secundário (causado por temperaturas adversas ou ruídos excessivos), síndrome do sono insuficiente e uso de hipnóticos, estimulantes ou álcool.

O exame é feito com eletrodos colocados na cabeça do paciente. (Fonte: Shutterstock/Roman Zaiets/Reprodução)
O exame é feito com eletrodos colocados na cabeça do paciente. (Fonte: Shutterstock/Roman Zaiets/Reprodução)

Como é feita a polissonografia?

O exame dura cerca de oito horas e tende a ser feito em um quarto dentro de um centro médico, porém pode ser realizado na residência do paciente, dependendo do caso. O teste precisa ser solicitado por um médico especializado, que normalmente é otorrinolaringologista, pneumologista, psiquiatra ou neurologista.

Quando chega ao centro médico, o paciente precisa definir uma posição confortável para pegar no sono. Em seguida, são fixados eletrodos no corpo e no couro cabeludo, e um sensor é colocado no dedo da pessoa examinada. Os aparelhos enviam ondas elétricas e dados para computadores conectados a monitores de acompanhamento médico, gerando informações necessárias para concluir o diagnóstico.

É contraindicado fazer o exame em casos de gripe, tosse ou febre, já que essas condições podem afetar os resultados. Além disso, pessoas que fizeram procedimentos na pele, como peeling, devem esperar cerca de 20 dias para realizar a polissonografia. Pacientes com alergia ao gel de fixação dos eletrodos também não podem realizar o teste.

Quer saber mais? Assista aqui à opinião e explicação dos nossos parceiros especialistas em saúde.

Fonte: Morsch Telemedicina, Instituto do Sono, Mapa do Sono dos Brasileiros.

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