Aproximadamente 85% dos abortos espontâneos acontecem nos primeiros meses de gestação
Publicidade
O aborto espontâneo é uma das causas mais comuns da interrupção de gravidez, atingindo cerca de 10% das gestações no Brasil, segundo dados do Manual Técnico do Ministério da Saúde, intitulado Atenção Humanizada ao Abortamento.
A situação pode acontecer antes mesmo de a mulher descobrir que está grávida, ocorrendo principalmente em casos de gestações de alto risco, quando não há acompanhamento médico.
O risco de aborto diminui conforme a gravidez avança; por exemplo, após a 15ª semana, a incidência de abortamento é considerada baixa, com apenas 0,6% de probabilidade, de acordo com publicação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
O aborto espontâneo precoce é a morte embrionária involuntária ou a eliminação do feto ou da placenta, que acontece até a 20a semana de gestação. Durante essa fase, a sensibilidade a agressões externas é alta, além de haver uma maior possibilidade de malformações fetais.
Os primeiros meses são fundamentais para a consolidação do desenvolvimento do bebê. Por isso, é importante contar com o acompanhamento pré-natal desde o início da gravidez.
Leia também:
Nem sempre o aborto espontâneo precoce apresenta sintomas. Uma pequena quantidade de sangramento no início da gravidez é comum e não significa necessariamente um problema na gestação. Entretanto, se o sangramento for intenso ou ocorrer com dor como cólicas menstruais, o ginecologista deve ser procurado imediatamente.
Os sintomas também podem incluir:
Um exame de ultrassom pode verificar se a gravidez está acontecendo normalmente ou se há problemas. Também é possível realizar um exame de sangue para medir se a gonadotrofina coriônica (ou coriónica) humana (hCG), substância detectada nos testes de gravidez, está em um nível baixo que pode significar perda do bebê.
O diagnóstico da causa de um aborto precoce nem sempre é possível, sobretudo quando ocorre no início da gravidez, quando pode parecer uma menstruação normal. Cerca de metade das interrupções involuntárias são decorrentes de anormalidades genéticas, que fogem do controle.
No entanto, alguns fatores podem contribuir para a situação, inclusive costumes que podem ser evitados para prevenir o problema. Por isso, para manter uma gestação saudável, a grávida precisa evitar:
Algumas características da gestante merecem uma atenção especial. É o caso das que sofrem com doenças crônicas, das que têm mais de 45 anos ou que têm histórico de aborto espontâneo na família.
Para manter uma gravidez saudável, a recomendação é acompanhamento médico, nutricional e, quando indicado, prática de exercícios físicos.
Quando o aborto espontâneo acontece no início da gravidez, geralmente nenhum procedimento médico é necessário. Contudo, em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos ou a realização de curetagem, que é um processo para raspar o útero e retirar os restos placentários.
A pessoa deve contar com a ajuda da família e de amigos próximos para enfrentar a situação delicada. O apoio de um psicólogo e conversar com outras pessoas que passaram pelo mesmo problema também são valiosos para a recuperação.
Quer saber mais? Confira a opinião e a explicação dos nossos parceiros especialistas em Saúde.
Fonte: Tua Saúde, Danone Nutricia, Fecondare, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ministério da Saúde